Em uma ação civil pública, a Justiça condenou cinco dos 13 réus da Operação ZR3, em Londrina. Trata-se de uma nova decisão em primeira instância no caso, que já condenou todos os réus por corrupção no ano passado em ação criminal que está sendo contestada pelas defesas no Tribunal de Justiça do Paraná. A investigação aponta a existência de uma suposta organização criminosa que cobrava propina para aprovar mudanças de zoneamento na Câmara Municipal de Londrina entre 2016 e 2017.
O juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, condenou o ex-vereador Rony dos Santos Alves (PTB), além de um assessor parlamentar, um ex-diretor da Secretaria Municipal de Obras e os dois empresários do ramo imobiliário. O também ex-vereador Mário Takahashi (PV) foi absolvido.
No caso de Alves, a decisão implica na perda de função pública que esteja exercendo ao tempo do trânsito em julgado e a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de dez anos. Alves foi denunciado por receber propina de um dos empresários citados para apresentar em 2016 projeto de lei que visava viabilizar a instalação de uma estação de tratamento de esgoto em um empreendimento próximo à UTFPR, na zona leste.
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“O ato ímprobo praticado por esse réu, então vereador do município de Londrina, foi de extrema gravidade: para consumá-lo, o requerido mercadejou a atividade-fim de um dos Poderes da República, qual seja, o Legislativo”, escreveu o juiz na sentença.
Em nota encaminhada à imprensa, a defesa do ex-vereador afirma que a decisão “é parcial e temporária”, e que a suspensão dos direitos políticos por dez anos “não é razoável”.
Segundo a defesa, o juiz, na sentença, afirma que não é possível apurar ao certo o valor da propina recebida. “Na sequência confirma que desconhece qualquer enriquecimento por parte do vereador e de qualquer quantia que ele tenha recebido”.
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