O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, afirmou nesta terça-feira (31) que o bloco precisa construir uma aliança com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva para "salvar a Amazônia".
A declaração foi dada em entrevista à Agência ANSA na Cidade do México, última etapa de uma viagem de 10 dias pela América Latina que também incluiu Colômbia e Brasil.
Leia também:
Leia mais:
Cumprimento entre Lula e Milei viraliza nas redes sociais
Insulto de Janja contra Musk vira munição para bolsonarismo e dor de cabeça para diplomatas no G20
Casa de autor de atentado em Brasília é incendiada em SC; ex-companheira é a suspeita
TCE barra programa de terceirização das escolas de Ratinho Junior
"Acredito que a União Europeia deva construir uma aliança com o presidente Lula para salvar a Amazônia e interromper o desmatamento. Farei o meu melhor para que a UE contribua e se empenhe", declarou Timmermans, que também é comissário de Ação Climática do bloco.
"Se continuarmos nesse ritmo, chegará o momento - não muito distante - em que a Amazônia começará a se transformar em uma savana. Precisamos fazer de tudo para evitá-lo e colaborar com os países interessados, criando oportunidades de desenvolvimento", disse.
Timmermans esteve no Brasil no início da semana passada e se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin e uma série de ministros do governo Lula, incluindo Marina Silva (Meio Ambiente). Durante a visita, acenou com uma possível doação da UE ao Fundo Amazônia, iniciativa voltada à proteção do bioma.
Em sua entrevista à ANSA, o vice da Comissão Europeia também defendeu a ratificação do acordo comercial com o Mercosul "o quanto antes", tendo como base compromissos "justos e sustentáveis".
"Precisamos de uma colaboração mais próxima com um de nossos parceiros comerciais mais importantes e necessitamos que duas sociedades similares em termos de valores se aproximem. Chegou a hora", declarou.
A ratificação do acordo também foi tema da reunião da última segunda-feira (30) entre Lula e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Na ocasião, o petista pediu mudanças no texto, mas disse que espera concluir novas negociações ainda no primeiro semestre deste ano.