Política

Vereador diz que haveria propina na votação da Muralha

25 jun 2012 às 16:54

O vereador Amauri Cardoso (PSDB) prestou depoimento ao Gaeco na tarde desta segunda-feira (25). Ele foi chamado pelo promotor Claudio Esteves para dar novos esclarecimentos sobre a votação da Lei da Muralha, que proíbe determinados empreendimentos dentro de um perímetro que vai da rodovia PR-445 até a avenida Henrique Mansano.

Na saída, o vereador não citou nomes, mas disse que nos corredores da Câmara ouviu rumores de que quem votasse a favor da manutenção da Lei da Muralha seria beneficiado. Ele acrescentou que quando assumiu pela segunda vez o cargo vereador foi logo procurado por um companheiro de Casa para conversar sobre o assunto.


"Quando eu cheguei na Câmara, no primeiro dia que eu pisei na Câmara, um vereador já quis falar comigo a esse respeito. Que haveria recurso para quem votasse a favor desse lei da muralha. E desde então, quando eu percebi que se tratava de propina, eu trouxe a informação para o Gaeco".


Na última sexta-feira (22), o empresário Anderson Fernandes, proprietário do Depósito Sanderson, foi preso por suspeita de oferecer R$ 40 mil ao vereador Roberto Fu. A propina seria para que Fu arquivasse o projeto que revoga a Lei da Muralha.


Sobre o fato, o vereador do PSDB disse que nunca teve contato com o empresário preso. Ele disse que ouviu apenas comentários na Câmara. Ele soube também quando foi procurado pelo ex-secretário municipal Marco Cito para que, em troca de dinheiro, votasse contra abertura de Comissão Processante contra o prefeito Barbosa Neto.


Na ocasião, Cito teria comentado que o benefício se estenderia para vereadores que votassem a favor de outros projetos de intresse do Executivo, incluindo a Lei da Muralha.



"Ouvimos informações no sentido de que haveria dinheiro para manutenção da Lei da Muralha. Isso nós ouvimos nos corredores da Câmara e também ouvimos depois em gravações quando o Marco Cito e outros falavam que teria como conseguir dinheiro aprovando essas leis".

Além de Amauri Cardoso, também prestaram depoimento ao Gaego hoje os vereadores Jairo Tamura (PSB) e Marcelo Belinati (PP).


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