O primeiro dia de turno único de trabalho para os servidores causou transtornos em alguns órgãos públicos. Na Coordenadoria Estadual de Defesa ao Consumidor (Procon-PR), algumas pessoas que procuraram o órgão para fazer reclamações na parte da manhã tiveram que se conformar em voltar novamente à tarde.
O órgão montou um plantão para atender os casos de emergência, mas a desinformação entre os funcionários e a revolta dos consumidores em ter o horário de atendimento reduzido levou a alguns tumultos.
"A população não pode ter um horário específico para ser atendida em suas reclamações", queixava-se o cirurgião dentista Rui Carlos Costa, que teve que brigar para ver sua reclamação de propaganda enganosa ser registrada na parte da manhã. Já Rita de Cássia, que trabalha em Matinhos (Litoral do Estado) com passeios de banana-boat, quase teve que esperar três horas na frente do Procon.
"Eu vim de Matinhos só para registrar uma queixa e esperava voltar de manhã para não perder um dia de trabalho", dizia ela, que só foi atendida depois que um segundo funcionário a encaminhou para o plantão de atendimento a emergências.
Como trata-se de um serviço considerado essencial à população, parte dos serviços foram mantidos em horário integral. É o caso do disque-Procon, disque vale-pedágio e fiscalização. As audiências que já estão marcadas também serão mantidas no período da manhã até 17 de fevereiro, quando também passam aexclusivamente para o período da tarde.
O maior problema são os atendimentos pessoais. Diriamente são feitos entre 90 a 140 atendimentos em dez guichês. Com o novo turno, o atendimento foi reduzido em duas horas e meia, o que deve causar um acúmulo de trabalho no novo horário.
O coordenador do Procon Naim Ackel Filho garante que o órgão está preparado para as mudanças. "Se for necessário, nós já pensamos em alternativas e temos condições de aumentar o número de guichês de atendimento pessoal rapidamente", afirmou.
Leia mais em reportagem de Maigue Gueths, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira