Uma possível cooperação entre nas áreas militar e comercial foi tema da conversa entre o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que telefonou ao eleito para parabenizá-lo pela vitória.
Por meio de sua conta no Twitter, Trump comentou o diálogo que teve neste domingo, 28, com Bolsonaro, destacando que os dois concordaram em "trabalhar juntos" nessas áreas. "Nós concordamos que Brasil e Estados Unidos vão trabalhar juntos em comércio, defesa e tudo o mais", escreveu o americano.
Trump classificou a conversa como "excelente", ao declarar que havia conversado com o presidente eleito do Brasil. "Tive uma conversa muito boa com o novo presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, que ganhou a disputa com uma margem substancial", disse em sua rede social.
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Had a very good conversation with the newly elected President of Brazil, Jair Bolsonaro, who won his race by a substantial margin. We agreed that Brazil and the United States will work closely together on Trade, Military and everything else! Excellent call, wished him congrats!
Publicidade Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 29 de outubro de 2018
No domingo, Bolsonaro já havia anunciado que Trump foi um dos líderes que telefonou para parabenizá-lo. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que, ao telefone, os dois demonstraram forte interesse de trabalhar "lado a lado".
Venezuela
As críticas ao governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, são um ponto em comum entre Bolsonaro e Trump. No ano passado, o presidente dos EUA chegou a falar sobre a possibilidade de uma ação militar no país, "se necessário".
Há cerca de dois meses, o líder americano voltou ao assunto e afirmou que "todas as opções estão sobre a mesa" para intervir na crise venezuelana, e que Maduro poderia ser derrubado rapidamente caso militares venezuelanos desejassem. Na ocasião, os EUA anunciaram sanções contra uma série de venezuelanos, incluindo a primeira-dama, Cilia Flores, e outros três colaboradores próximos a Maduro.
Bolsonaro, por sua vez, já afirmou que não pretende se relacionar com regimes como o da Venezuela e que tem restrições à China. O presidente eleito chegou a defender a instalação de um campo de refugiados em Roraima, na fronteira com o país vizinho.
Na área que fala sobre Relações Internacionais, o programa de governo de Bolsonaro defende aproximação com governos na América Latina com políticas "liberais" como Chile e Argentina, e promete deixar de "louvar ditaduras assassinas".
Assim como Trump, Maduro também telefonou para Bolsonaro e o parabenizou após a vitória nas urnas neste domingo.