O Tribunal de Contas do Paraná (TC) condenou na última segunda-feira, quatro ex-diretores das extintas Autarquia Municipal do Ambiente (AMA, transformada em secretaria), e da Companhia Municipal de Urbanização (Comurb, hoje CMTU), a devolverem quase R$ 2 milhões aos cofres públicos municipais. Essa é a primeira vez que o TC determina o ressarcimento de dinheiro desviado da Prefeitura de Londrina.
O ex-presidente da Comurb, Kakunen Kyosen, e o ex-diretor Administrativo Financeiro, Eduardo Alonso, e o ex-presidente da AMA, Mauro Maggi, e o ex-diretor Financeiro, Nelson Kohatsu, foram denunciados à Corregedoria Geral do TC pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de Londrina. A decisão, unânime, também teve como base as auditorias realizadas pelo tribunal.
''Quando recebi a notificação, fiz constar que não tinha como me defender porque não sabia o teor das investigações. Não tive acesso aos autos. Mas, porque só nós, e os outros?'', questionou Alonso, se referindo as outras pessoas que teriam participado dos desvios. ''Devo recorrer porque não me foi dado chance de me defender'', complementou.
''No meu bolso não tem nenhum tostão'', resumiu Kyosen. O ex-presidente da Comurb disse que deverá aguardar a intimação. Kohatsu e Maggi não retornaram as ligações.
A reportagem também tentou entrar em contato com o presidente da OAB-Londrina, Lauro Zaneti, mas ele está viajando.
Desde o início das investigações, em fevereiro de 99, o MP já ajuizou 19 ações civis públicas e 13 criminais pelo desvio de mais de R$ 9,5 milhões, através de licitações fraudadas na AMA e na Comurb.
*Leia mais na edição desta quarta-feira da Folha de Londrina
Acompanhe esta notícia e outras relacionadas a este assunto no serviço WAP e SMS dos celulares da Global Telecom.