O presidente Michel Temer (PMDB) ficou dois meses sem receber sua aposentadoria como procurador do estado de São Paulo por não realizar o recadastramento anual obrigatório para provar que está vivo. Segundo a São Paulo Previdência (SPPrev), autarquia que administra aposentadorias e pensões de servidores do estado, o benefício ficou suspenso automaticamente nos meses de novembro e dezembro.No entanto, a falta da aposentadoria não afetou a remuneração que Temer recebe como presidente.
"Anual e obrigatório, [o recadastramento] é um procedimento de prova de vida, que deve ser realizado sempre no mês de aniversário do beneficiário", diz a nota do órgão. Temer completou 77 anos no último dia 23 de setembro. Naquele mês, ele deveria ter comparecido a qualquer agência do Banco do Brasil ou em uma das unidades de atendimento da SPPrev para fazer o procedimento de prova de vida.
Em comunicado, o Palácio do Planalto informou que "tão logo tomou conhecimento, o presidente adotou medidas para o recadastramento". De acordo com a SPPrev, a regularização do cadastro de Temer já está em andamento. Os dados do Portal da Transparência do Estado de São Paulo informam que a remuneração bruta destinada ao líder brasileiro em outubro, último mês de 2017 que recebeu o benefício, foi de R$45.055,99. Com o abatimento do teto previsto para o cargo, o valor líquido foi de R$22.209,94.
Além da aposentadoria, Temer também recebe pagamento por seu cargo como presidente da República. A situação ocorre em meio ao esforço do presidente para aprovar a Reforma da Previdência.Recentemente, ele apareceu em diferentes programas de TV para defender as mudanças que o governo propõe no sistema de aposentadoria.