Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Julgamento suspenso

STF soma cinco votos para descriminalizar porte de maconha para consumo

Redação Bonde com Agência Brasil
25 ago 2023 às 10:24

Compartilhar notícia

- Marcelo Camargo/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O STF (Supremo Tribunal Federal) contabilizou na quinta-feira (24) cinco votos pela descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal.


Mesmo com os votos declarados, um pedido de vista (ou seja, mais tempo para analisar o caso) feito pelo ministro André Mendonça suspendeu o julgamento. Não há data para retomada. 

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O placar é de 5 votos a 1 para a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. O plenário é formado por 11 ministros.

Leia mais:

Imagem de destaque
Plano Diretor

Novo Código de Obras é debatido em audiência pública na Câmara

Imagem de destaque
Diminuição da jornada de trabalho

Deputados federais de Londrina não assinam PEC e questionam fim da escala 6x1 para trabalhadores

Imagem de destaque
Saiba mais

PEC 6x1 ainda não foi debatida no núcleo do governo, afirma ministro

Imagem de destaque
Saiba mais

PEC que propõe fim da escala de trabalho 6x1 alcança número necessário de assinaturas, diz Hilton


De acordo com os votos proferidos até o momento, há maioria de seis votos para fixar uma quantidade do entorpecente para caracterizar uso pessoal, e não tráfico de drogas, deve ficar entre 25 e 60 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis. A quantidade será definida quando o julgamento for finalizado. 

Publicidade


Os cinco votos pela descriminalização foram dos ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e a presidente, Rosa Weber


O ministro Cristiano Zanin votou contra a descriminalização, no entanto, defendeu a fixação de uma quantidade máxima de maconha para separar criminalmente usuários e traficantes.

Publicidade


Votos

Publicidade


Os votos de Rosa Weber e Cristiano Zanin foram os destaques da sessão de quinta. 

Publicidade


A ministra decidiu adiantar o voto sobre a questão depois de Mendonça pedir a suspensão. Em setembro, ela vai se aposentar ao completar 75 anos e não deve participar da retomada do julgamento.


A presidente comentou que a manutenção da criminalização do porte é desproporcional e atinge a vida privada dos usuários. Além disso, a ministra citou que a criminalização provoca o encarceramento de pessoas vulneráveis. Os argumentos também foram citados pelos demais ministros.

Publicidade


"As nossas prisões estão cheias de meninos e meninas, geralmente negros, pardos e, na imensa maioria, está lá em função do tráfico", pontuou.


A presidente ainda ressaltou que a decisão da Corte não está estimulando o consumo de drogas.

Publicidade


"Penso que o STF pode ajudar nessa solução, sem prejuízo na atuação do Congresso. Quem despenalizou para o usuário foi o Congresso, em 2006. Se mantém apenas a criminalização. O Supremo daria um passo no sentindo de descriminalizar quando se trata de uso próprio", finalizou. 


O único voto divergente foi proferido por Zanin. Apesar de reconhecer que o atual sistema penal é falho e não aplica a despenalização para pessoas pobres, negras e de baixa escolarização, o ministro apontou que a descriminalização apresenta "problemas jurídicos" e pode agravar o combate às drogas.


Contudo, votou para fixar a quantidade de 25 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis para configurar a situação de uso pessoal em apreensões policiais.


Entenda


O STF julga a constitucionalidade do artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.


A lei deixou de prever a pena de prisão, no entanto manteve a criminalização. Dessa maneira, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.


No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com três gramas de maconha.


Imagem
STF: Gilmar Mendes vota por descriminalizar porte de maconha de uso pessoal
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta quinta-feira (24) a favor da descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo