O esquema de segurança para a visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, à cidade de São Paulo prevê o bloqueio de avenidas e quarteirões e até o controle restritivo do espaço aéreo durante a visita que começa nesta quinta-feira à noite.
A responsabilidade pela segurança do presidente Bush e da primeira-dama, Laura Bush, é do Comando Militar do Sudeste (CSM), organização do Exército responsável pelo Estado de São Paulo, que atua em parceria com as equipes de segurança do governo norte-americano.
Em nota, o CSM informou que não divulgará os itinerários da comitiva nos dois dias, o que pode agravar o trânsito da cidade, já que não será possível à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informar aos motoristas no trânsito quanto a rotas alternativas.
A assessoria de imprensa da CET também informou que não serão fornecidas informações sobre as áreas com restrições ou bloqueios. O comunicado esclarece que "o presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu empregar as Forças Armadas, de maneira emergencial e temporária, para promover a segurança do presidente dos Estados Unidos".
O CSM contará com o apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Metropolitana, CET e a Infraero para conduzir com segurança a comitiva presidencial. O CSM não forneceu o número de homens que estarão a serviço.
Segundo o coronel Carlos Minelli de Sá, chefe do serviço regional de proteção ao vôo de São Paulo, o tráfego aéreo não será fechado enquanto o presidente norte-americano estiver em São Paulo, mas controlado no pouso e decolagem no Aeroporto de Guarulhos.
"Os vôos regulares não sofrerão restrição. Numa operação como esta, manteremos os outros aviões afastados, numa fila indiana, a 3 km de distância do avião do presidente", explica o coronel para os casos de pouso e decolagem. Segundo Minelli de Sá, o impacto dessa operação para o controle do espaço aéreo é pequeno, pois atrasa uma operação de pouso e decolagem, que demora cerca de quatro minutos.
Nos locais que Bush visitará, haverá uma zona de exclusão no espaço aéreo num raio de cinco quilômetros para aviação privada e de helicópteros. "Nesse raio nenhum avião entra, exceto aviões regulares e que envolvem a própria operação de segurança, como aviões e helicópteros da Força Aérea Brasileira e dos outros órgãos que participam da operação", disse.
George W. Bush deve desembarcar por volta das 20 horas no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, e seguir para o Hotel Hilton, zona Sul da cidade. Cinco quarteirões ao redor do hotel permanecerão fechados. Além da segurança e da comitiva do presidente, só será permitido acesso aos moradores da região isolada.
Agência Brasil