O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da CPI das Apostas, afirmou que já pediu por escrito que o dono do Botafogo, John Textor, seja banido do futebol brasileiro se não tiver provas que sustentem sua acusação.
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Kajuru disse que já protocolou uma solicitação oficial para que Textor seja punido caso não prove que houve manipulação de resultados. O senador deu a declaração nesta quarta (24) em entrevista ao UOL News.
Nesse caso, o presidente da CPI das Apostas vai cobrar que ele seja banido do futebol no Brasil, não apenas do comando do Botafogo. O empresário norte-americano virou acionista majoritário da SAF do clube no início de 2022. Textor depôs na CPI na última segunda (22).
"Fui o único dos 81 senadores que subiu na tribuna e falou, no 1º dia da CPI, que, se não houver prova de tudo o que Textor nos trouxe, ou seja, que ele nos ludibriou, já entrei com projeto pedindo o banimento do futebol brasileiro, ser expulso do Brasil, não só do Botafogo. Se ele for moleque, se veio para bagunçar o futebol brasileiro, como a presidente do Palmeiras entende. Solicitei e entrei com esse pedido oficial de banimento se ele não tiver provas, se for apenas um falastrão ou um fanfarrão", disse o senador Jorge Kajuru ao UOL News.
A CPI está no início dos trabalhos, e Textor foi o primeiro a ser ouvido. Os senadores aprovaram nesta quarta requerimentos para ouvir o árbitro Raphael Claus (Fifa-SP) e a árbitra de vídeo Daiane Muniz (Fifa-SP).
Os membros da CPI consideraram que o dono da SAF Botafogo levou "indícios" e não provas a respeito da manipulação de partidas, quando apresentou relatórios da empresa Good Game. A análise da companhia usa inteligência artificial e compara o padrão comportamental dos jogadores dentro de campo.
Um dos jogos que Textor afirma, sem ter elementos adicionais, que foram manipulados é a goleada do Palmeiras sobre o São Paulo por 5 a 0. Textor também questiona a atuação da arbitragem, inclusive do VAR, em partidas do Brasileirão. Mas também não apontou provas de desvios dos árbitros.