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Assista à entrevista

Sabatina Folha/Bonde: Tercilio Turini propõe unidades de saúde para crianças e idosos

Douglas Kuspiosz e Luís Fernando Wiltemburg - Folha de Londrina
11 set 2024 às 08:00
- Douglas Kuspiosz
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Candidato da coligação “Cuidar de Londrina” (MDB/PSB/PRTB) também quer a implantação da telemedicina na cidade


O deputado estadual Tercilio Turini (MDB), que está em seu oitavo mandato legislativo - quatro como vereador e quatro como deputado -, vai disputar a Prefeitura de Londrina pela primeira vez em 2024. Ele é o sexto entrevistado da sabatina do Grupo Folha de Londrina com os prefeituráveis. As publicações seguem até quinta-feira (12) e estão disponíveis, na íntegra, no canal da Folha de Londrina no YouTube.

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Candidato da coligação “Cuidar de Londrina” (MDB/PSB/PRTB), Turini trocou o PSD pelo MDB no começo deste ano para concorrer a prefeito. Na entrevista, ele ressalta que os contornos Norte e Leste, previstos na nova concessão do pedágio, serão importantes eixos de desenvolvimento para a cidade.

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O prefeiturável defende a integração da GM (Guarda Municipal) com outras forças de segurança, além da criação de uma central de monitoramento na cidade. Na área da cultura, pensa em buscar recursos federais para finalizar o Teatro Municipal e aumentar o percentual do orçamento para o setor.

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Turini ainda quer a criação de uma unidade de saúde para crianças e outra para idosos, e avalia que a telemedicina é uma ferramenta importante para atender à população.


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Confira parte da entrevista:


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Candidato, por que o senhor quer ser prefeito de Londrina?

Eu já tinha intenção de ser candidato a prefeito lá atrás, quando eu era vereador. Infelizmente, não tive a oportunidade. Meus quatro mandatos na Câmara foram pelo PSDB e sempre o candidato era o [Luiz Carlos] Hauly, que era deputado federal, tinha preferência e nós sempre apoiamos. E, agora, depois que eu virei deputado, nos primeiros mandatos eu não quis concorrer porque estava levantando temas importantes em Curitiba, como o combate ao pedágio e a duplicação da PR-445. E, agora, surgiu a oportunidade [de concorrer]. Tive que fazer uma ginástica enorme, eu estava no PSD e, já que não tinha janela [partidária], pedi autorização para o PSD, consegui uma carta do [Gilberto] Kassab [presidente nacional do PSD], fui à Justiça Eleitoral, consegui a homologação e sou candidato pelo MDB. Eu tenho uma vida ligada à cidade, estou aqui desde os três anos de idade, tenho uma vida profissional ligada à cidade, trabalhei 40 anos como médico, a maioria das vezes lá no HU [Hospital Universitário], médico, professor, diretor do hospital e tenho uma vida política também dedicada a Londrina e à região. Acho que estou preparado e quero levar a minha experiência e a minha energia para ser prefeito de Londrina.

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Londrina vai receber obras como os contornos Norte e Leste. Temos, também, a duplicação da PR-445. Na sua avaliação, como o prefeito deve agir para agilizar essas obras e garantir investimentos para a cidade?

Os dois contornos [Norte e Leste] estão garantidos no Lote 4. Como o Lote 4 vai [ser licitado] no ano que vem, o prefeito tem que ficar o tempo todo atento, acompanhar quando for encaminhado para o TCU, para que não tenha nenhum atropelo, como nós tivemos no início da concessão, que o Contorno Leste estava lá e depois foi retirado. Essas obras vão mudar a logística de Londrina. São dois ramais rodoviários, da PR-445 até a BR-369, e da BR-369 até outro trecho da 369. São 34 quilômetros no Contorno Norte e 24 quilômetros no Leste. Hoje, a gente fala em Londrina, para implantar indústria, grandes empresas, da Cidade Industrial, que faz dez anos que está se discutindo. Os contornos vão oferecer eixos de desenvolvimento muito superiores à questão da Cidade Industrial. Mas, logicamente, o próximo prefeito já tem que estar pensando em uma outra Cidade Industrial para desenvolver a cidade que ficou, do ponto de vista industrial, para trás.

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A GM assumiu diversas atribuições nos últimos anos. Quais são seus planos para a Guarda?

Ela foi criada como uma guarda patrimonial, mas evoluiu com o passar do tempo e, no nosso entendimento e de muita gente, é uma força de segurança. Os profissionais estão treinados, têm equipamentos, fazem o patrulhamento, então, é uma força de segurança. Mas falta, no meu entendimento, a integração com outras forças de segurança da cidade. Queremos criar uma grande central de monitoramento para combater o crime. Hoje, se fala que 40% da população mora em condomínios. Todos esses condomínios têm câmeras, as mais modernas, inclusive, com reconhecimento facial. Nós queremos fazer uma central, integrar com aquilo que a polícia já tem, que é o Olho Vivo. Tem muitas câmeras também, de particulares, que você pode pegar autorização, e a gente poderia fazer uma grande central para a GM monitorar toda a cidade. A GM, hoje, é uma força de segurança, e nós não vamos mudar essa configuração dela. Lógico que tem situações que a GM pode fazer a segurança de alguns locais, alguma escola ou posto de saúde. Esses dias me falaram que tem alguns profissionais médicos, que se recusam ou até saem, porque se sentem ameaçados, às vezes, na unidade de saúde. É identificar e, nesses casos, precisaria da atuação localizada da GM, não só para guardar o patrimônio, mas também para impor a autoridade.

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O seu plano de governo fala de revitalizar e cuidar de espaços públicos como o Teatro Municipal, cuja obra está parada, o Museu de Arte e o Teatro Zaqueu de Melo, que estão fechados. Qual é o seu planejamento para resolver essas pendências?

Nós temos patrimônios belíssimos em Londrina e que, infelizmente, não estão sendo utilizados pela população. A pessoa que vem a Londrina para passear, ou para fazer compras, pode visitar o Museu de Arte, o Museu Histórico, que vai passar por uma reforma. Mas, nós temos o Zaqueu de Melo, a Biblioteca Pública, temos problemas na Concha Acústica. O Parque Arthur Thomas, que é de responsabilidade do município, está sendo reformado agora, mas o Daisaku Ikeda, que é um lugar lindíssimo, está totalmente abandonado há mais de cinco anos. E nós temos o problema do Estado, que é o Jardim Botânico e que nunca foi totalmente concluído, e a Mata dos Godoy, que é outro parque importante. Estamos conversando com o Estado com relação ao Jardim Botânico e à Mata dos Godoy, mas nós temos que resolver o problema dos nossos parques [municipais], que são fundamentais.


Qual a sua proposta para aumentar os recursos do Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura)?

Temos que dar atenção à cultura, aumentar o orçamento. Em Londrina, já tivemos um orçamento para a cultura de 3,5%. Em 2024, é de 0,5%. O Promic, que é uma maneira de se levar cultura para os bairros, tem [um valor] muito baixo, que compromete isso. Eu acho que tem que aumentar. Lógico que o orçamento de 2025 vai ser feito este ano. Não temos como mexer, a não ser que a gente suplemente. Existe a possibilidade. E tem o Teatro [Municipal]. Ali tem que buscar recursos em nível do governo federal, através de emendas dos deputados. Aquele teatro pode ser feito em etapas. Hoje, ele está abandonado, inclusive, com muitos moradores de situação de rua vivendo lá. Londrina retrocedeu na questão da cultura.


O seu plano de governo fala em criar unidades de saúde para crianças e idosos, além de reestruturar os postos já existentes. O município tem recursos para tirar essas propostas do papel?

Tem. O maior desafio de Londrina é a questão da saúde. Londrina já foi uma referência na saúde pública e, hoje, padece de problemas crônicos. Se a gente não resolver esses problemas, vamos ficar enxugando gelo. Nós temos 54 unidades de saúde e elas estão muito bem distribuídas tanto na zona urbana quanto na rural. Só que as unidades de saúde estão demorando de três a quatro meses para marcar uma consulta. A unidade de saúde não foi feita para marcar uma consulta com três ou quatro meses [de espera], ela foi feita para atender o paciente no dia, na sua necessidade. Com isso, a pessoa que está com febre, ou com dor abdominal, vai na primeira porta aberta, que é a UPA, ou vai procurar atendimento no Hospital da Zona Sul, que tem pronto-socorro. Tem que achar uma maneira de diminuir o número, praticamente zerar a fila na unidade de saúde. E zerar, ou procurar zerar, a fila das cirurgias eletivas. Tem que buscar recurso e dá para buscar. Junta o Estado e a União para fazer mutirões. Nós vamos implantar a telemedicina. Tem uma central com enfermeiro, com médicos, que vão atender por telefone. Hoje, o prontuário é eletrônico. O ideal é que tenhamos prontuário eletrônico nas clínicas especializadas, nos prontos-socorros, nos hospitais e, com cartão do SUS, usar tecnologia. E por que colocar mais um PAI? Porque hoje é a porta aberta para atender crianças na urgência. A cidade praticamente dobrou de tamanho desde que o PAI foi implantado. E a UPA do idoso porque, hoje, nós temos em Londrina cerca de 90 mil pessoas acima de 60 anos. Em 2050, a expectativa é chegar a 30% [da população]. Precisa ter geriatras atendendo, precisa ter fisioterapia, e dá para fazer. Não é a unidade básica que consome grande parte dos recursos. O que consome grande parte dos recursos é a alta complexidade que está dentro do hospital. Hoje, ter mais uma UPA de criança ou de adulto vai ajudar demais na questão do atendimento.


O senhor fala em ter parcerias com os governos estadual e federal para dar assistência à população em situação de rua. Como essa proposta vai, efetivamente, tirar essas pessoas da rua?

Esse é um problema social grave que as cidades grandes têm, e Londrina tem. Tem um número muito significativo de moradores em situação de rua. Nós estamos vendo que essa população vem crescendo, principalmente após a pandemia [da Covid-19]. Estamos colocando que esse é um trabalho que não dá para ser feito só pela Assistência Social. Você tem que envolver várias secretarias. A Secretaria de Saúde é uma delas, às vezes, o problema é exclusivamente de saúde. Você tem que envolver as forças policiais, tem que envolver o Ministério Público, tem que fazer forças-tarefas importantes. A primeira situação é fazer um diagnóstico, ter assistente social 24 horas na rua para atender toda essa população, fazer a triagem, ter uma casa de passagem, fazer um diagnóstico correto e, com o trabalho em conjunto, identificar. A maioria são realmente dependentes químicos? É essa a situação? Esse dependente químico ainda tem laços com a família? Esse dependente químico é de fora, ele veio de outro município? Tem situação que é de polícia. E você tem muitos daqueles pacientes que são realmente dependentes químicos e que querem ser tratados. Você tem que fazer as parcerias com as ONGs, muitas igrejas têm um trabalho significativo, as comunidades terapêuticas e [é necessário] envolver o governo do Estado e o governo federal. O município de Londrina paga algumas entidades e temos que aumentar muito. Essa questão tem que ser enfrentada, não pode empurrar com a barriga, porque senão daqui a pouco o centro da cidade vai virar uma cracolândia.


Qual é a sua proposta para atender à demanda de moradia popular em Londrina? Qual será o papel da Companhia de Habitação?

Nós temos em Londrina 70 ocupações, muitas em fundos de vale, outras em terrenos da Prefeitura, outras em terrenos privados. Nós temos as mais conhecidas: Aparecidinha, cerca de 700 famílias, e Flores do Campo, cerca de 700 famílias. Nós temos na zona sul a [Vila] Monster, que é outra ocupação grande de terreno particular. Aproximadamente 4,5 mil famílias moram em ocupações e a gente tem hoje no governo federal o FAR [Fundo de Arrendamento Residencial], que é um fundo da Caixa Econômica. A grande maioria dessas pessoas são trabalhadores. [Para tirar] essas pessoas [das ocupações] e dar uma residência digna é [preciso] oferecer o terreno. A Cohab não tem terreno grande, mas a Cohab tem terrenos menores que valem muito. Se eu for prefeito, vou vender aqueles terrenos imediatamente, vou levantar recursos para comprar grandes áreas, para a gente urbanizar e fazer a parceria com a Caixa através do FAR. Cinco anos a pessoa morando, ela recebe a escritura praticamente de graça.


O seu plano de governo fala em ampliar a educação em tempo integral para todas as escolas municipais já existentes. Como o senhor pensa em fazer isso?

Hoje, em Londrina, nós temos 25% das escolas em tempo integral. Vamos fazer um esforço para que a grande maioria [seja de tempo integral], lógico que isso depende de adaptar a escola, porque a criança, além da questão pedagógica de aprendizagem, vai estar nesse outro turno e vai ter outras atividades, vai ter esportes, vai ter música, vai ter outras atividades, às vezes você até [precisa] fazer a adequação [do número] de professores, de funcionários. A escola de tempo integral vai muito além da questão da aprendizagem e a questão de você ter outros tipos de atividade. É um lugar seguro. E nós queremos evoluir também na questão das creches, que é o local que você tem uma demanda reprimida.


O senhor propõe não mexer na planta de valores do IPTU e aumentar a receita através de parques industriais e geração de emprego. Como, então, atrair indústrias para Londrina?

O IPTU é um imposto que penaliza muito a população, e há alguns anos o atual prefeito mexeu na planta de valores e causou quase uma convulsão na cidade, porque, em alguns imóveis, o aumento foi extremamente exagerado, de mais de 300%. O IPTU é a maior arrecadação do município. Lógico que vai ser corrigido pela inflação, mas nós estamos assegurando que nós não vamos mexer na planta de valores. A atividade econômica do município cresce acima da inflação e Londrina tem um potencial de desenvolvimento econômico. O turismo é uma indústria sustentável, quase silenciosa. Só a Universidade Estadual de Londrina faz cerca de 400 eventos por ano, mais de um por dia, e esses eventos atraem pessoas para hotéis, restaurantes, visitam coisas em Londrina. O turismo é uma coisa que você pode ampliar. Nós aprovamos o ICMS tecnológico, que é um desconto do imposto para importação de equipamentos, e vai atrair empresas [da área tecnológica]. São setores que vão ser reforçados ao longo desses anos. E, a médio prazo, é atração de grandes empresas. Tem muitas áreas que podem ser trabalhadas para aumentar a arrecadação. Um dos problemas que nós temos aqui em Londrina é a falta de projetos. Eu perdi recursos que consegui através de emendas porque não conseguiram [administração municipal], no tempo hábil, aprovar projetos. Então, temos que criar um departamento só para projetos na prefeitura e buscar recursos nos governos estadual e federal.


A última entrevista da sabatina do Grupo Folha de Londrina será publicada nesta quinta-feira (12), com o candidato Tiago Amaral (PSD). 


ASSISTA À ENTREVISTA COMPLETA:


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