Política

Romaria tenta defender o rio Tibagi

17 ago 2001 às 21:42

Os 13 mil habitantes do município de São Jerônimo da Serra (90 km de Londrina) vão presenciar, neste domingo, uma das maiores mobilizações populares, realizada anualmente no Estado. Trata-se da 16ª Romaria da Terra do Paraná, organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Diocese de Cornélio Procópio, que pretendem reunir 30 mil pessoas num ato em defesa do Rio Tibagi. A preocupação das entidades é com os projetos para construção de hidrelétricas no rio.
'O Rio Tibagi é um dos últimos grandes rios vivos do Paraná', afirma o bispo auxiliar da arquidiocese de Curitiba, Dom Ladislau Biernaski, vice-presidente da CPT Nacional. Estudos feitos por cientistas das universidades estaduais de Londrina e Maringá mostram que, além de fonte de vida para as comunidades indígenas, o Tibagi possui pelo menos 108 diferentes espécies diferentes de peixes já identificados. 'Com as hidrelétricas, esta biodiversidade será comprometida', ressalta o advogado da CPT, Darci Frigo.
Outra preocupação refere-se à área a ser alagada com a construção da hidrelétrica, já que está prevista a inundação de duas áreas indígenas das tribos guarani, caingangue e xetá, onde vivem cerca de 600 índios. Em audiência pública realizada em março, os Estudos de Impacto Ambiental (EIA/Rima) apresentados pela empresa que deve ser responsável pela construção da hidrelétrica, segundo Vandresen, não esclareceram o total da área a ser inundada nem os impactos para o meio ambiente.

* Leia mais em reportagem de Maigue Gueths na Folha de Londrina/Folha do Paraná deste sábado


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