O Governo do Paraná voltou atrás nesta quinta-feira (30) na decisão sobre o rodízio de policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que ameaça o trabalho de investigação do grupo no Estado.
Após reunião entre o governador Beto Richa, o procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia, o chefe de gabinete Deonilson Roldo e a secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes e membros do Ministério Público, ficou definido que a cessão de policiais civis e militares para será regulamentada de outra maneira.
A indicação e de designação de policiais ficarão sob a responsabilidade da Procuradoria-Geral de Justiça e o governador do Estado, e não entre Gaeco e Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o que gerou conflitos que ameaçavam a continuidade do grupo especial.
De acordo com nota do MP, também ficou acordado que o Governo recomporá os quadros do Gaeco, inclusive estudando a possibilidade de sua ampliação. As designações não terão prazo de validade pré-fixados, sendo eventuais substituições procedidas naturalmente, quando necessárias, como já ocorria.
"Com essa decisão, o Governo demonstrou objetivamente que deseja prosseguir apoiando essa importante célula de Estado de combate ao crime organizado, porque reconhece a relevância social de seu trabalho. Assim, pode-se afirmar que o conflito institucional instalado está superado", afirmou o procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, em nota enviada à imprensa.