O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que vai telefonar para a presidente afastada Dilma Rousseff nesta quarta-feira, 17, para saber se ela pretende ir pessoalmente ao julgamento do impeachment marcado para começar no dia 25.
Segundo o presidente do Senado, a decisão de Dilma de comparecer ou não ao plenário do Senado irá mudar a dinâmica do julgamento. "Esse é um dado que terá consequências. Cada senador poderá interpelar ou não poderá interpelar? Isso terá que ser definido", disse.
Aliados da petista defendem que ela vá ao Senado. Ela tem o direito, inclusive, de permanecer em silêncio ou não responder perguntas que considere ofensivas. A petista, no entanto, tem se mostrado reticente com a ideia.
O peemedebista esteve nesta terça com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, responsável por conduzir esta fase do processo contra a petista. Os dois vão se reunir com os líderes partidários nesta quarta-feira para definir o roteiro que será seguido durante o julgamento final.
Uma das pendências é decidir se haverá sessões durante o fim de semana. Senadores da base aliada do presidente em exercício, Michel Temer, têm pressionado para acelerar a conclusão do julgamento e defendem que não haja pausas.
Renan afirmou não ver problema que certos procedimentos, como a oitiva de testemunhas, possam ocorrer no sábado ou no domingo.
Durante o processo de impeachment, o presidente do Senado se afastou da petista e se aproximou de Temer. Nesta terça, criticou a ideia de fazer um plebiscito sobre novas eleições defendido pela petista.