O senador Alvaro Dias (Podemos), candidato à única vaga ao Senado pelo Paraná nas eleições de outubro, tenta conquistar os eleitores do Norte do Estado reforçando a ideia de que foi na região que ele construiu a sua carreira política, exaltando suas obras e feitos, mas sem deixar de destacar a promessa de trabalhar pelo “combate à corrupção e aos privilégios”. A 21 dias do pleito, reta final da campanha, o candidato usa de indiretas para atacar o ex-aliado e hoje seu principal oponente, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (União Brasil), que nas recentes pesquisas de intenção de voto aparece empatado tecnicamente com Alvaro, com ligeira vantagem para o senador.
Durante a pandemia de Covid-19, Alvaro Dias foi alvo de críticas por resistir a fazer oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, em suas falas, tenta apagar possíveis arranhões que o posicionamento político tenha provocado em sua imagem perante os eleitores. “Enquanto o país se envolvia em uma pandemia, aqueles que queriam que nós fizéssemos oposição não tiveram o nosso sim, tiveram o nosso não. Porque quando nos defrontamos com a pandemia, o que prevaleceu para nós foi o espírito de solidariedade e o espírito de contribuição para minimizar o drama vivido pelos brasileiros”, disse o senador. “Eu não fiz oposição nos últimos anos e há os que dizem que eu saí da mídia. Eu realmente saí da mídia por opção.”
O senador esteve em Londrina neste sábado (10) para participar do evento no qual o prefeito Marcelo Belinati (PP) oficializou seu apoio à reeleição do parlamentar. Em seu discurso, o candidato mencionou o atual prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), com quem nunca compartilhou a mesma legenda política, como exemplo da importância de se deixar para trás as diferenças para que haja uma convergência em torno do que "realmente é fundamental" para a nação, citando a “democracia, a liberdade e a Justiça”.
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