Antes mesmo de dar início ao debate sobre a reforma do sistema previdenciário pretendida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, enfrenta forte oposição dos setores que acham que perderão.
Na sexta-feira, sozinho na Esplanada dos Ministérios, com os colegas de governo acompanhando o presidente na viagem para conhecer de perto a pobreza, Berzoini não parou de atender a parlamentares e representantes dos setores organizados da economia.
Um deles foi o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), João Resende Lima. Com uma pequena comitiva formada por outros aposentados da entidade, Lima foi levar ao ministro a proposta de reforma da Previdência Social defendida pela Cobap. ''A reforma não pode mexer com direito adquirido nem com expectativa de direito'', defendeu.
Para o presidente da Cobap, a reforma tem que partir de um ponto zero - deve atingir os trabalhadores tanto do setor público quanto do setor privado que ingressarem no mercado de trabalho após a aprovação da nova lei. ''Uma lei não pode tirar direito de ninguém'', argumentou.