O grupo de parlamentares que recolhe assinaturas para criar uma CPI mista para investigar denúncias de irregularidades na Petrobras já obteve 113 assinaturas de deputados federais e 19 de senadores. Para se pedir a abertura de uma investigação parlamentar, são necessários o apoio de, pelo menos, 171 deputados e 27 senadores.
Na tarde desta terça-feira, liderada pelo pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), a oposição decidiu tentar aprovar, primeiro, uma CPI mista. A avaliação é de que ela seria mais fácil para emplacar. Se não for possível, os parlamentares vão tentar criar uma CPI em cada uma das Casas Legislativas.
Na Câmara, de acordo com dados da liderança do PPS, a bancada do PMDB lidera, com 28 assinaturas, o apoio para a CPI, seguido pelo PSDB, com 24 apoios, e o DEM, com 19 nomes. A proposta também conta com o apoio de parlamentares do PDT (1), PMN (2), PP (1), PPS, PR (4), PRB (1), PROS (3), PSB (5), PSC (4), PSD (3), PV (1) e Solidariedade (9).
No Senado, até a noite desta terça-feira, o recolhimento das assinaturas para a CPI conta com apoios do PSDB (9), DEM (2), PMDB (2), PDT (2), PSB (1), PSD (1), PP (1) e Psol (1). Esse número foi divulgado pelo gabinete do vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). Mas a oposição trabalha para conseguir mais votos de senadores das suas bancadas que estão fora de Brasília, como o líder tucano na Casa, Aloysio Nunes Ferreira (SP). Como amanhã é o último dia em que o Congresso está mais cheio, o grupo que recolhe assinaturas não deve concluir o recolhimento delas nesta semana.