O presidente do Conselho de Ética, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), estima que antes do recesso, previsto para 18 de julho, o Senado terá encerrado o processo aberto nesta terça-feira (8) para decidir se Demóstenes Torres (sem partido-GO) feriu o decoro parlamentar.
Valadares reconheceu que a defesa de Demóstenes vai utilizar-se de todos os meios para prorrogar esse processo, cabendo sobretudo ao relator, Humberto Costa (PT-PE), munir-se de argumentos contra manobras "procastinatórias", ou seja destinadas a adiar o encerramento do caso.
Nesta quinta-feira (10), Valadares volta a reunir o Conselho de Ética para a deliberação de requerimentos, entre eles, um defendido por Humberto Costa para ouvir-se o contraventor Carlos Cachoeira no próximo dia 17 de maio. Será decidido também se o primeiro depoente dessa fase processual será Demóstenes Torres.
Ao advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, Valadares disse que lhe serão dados todos os meios jurídicos para defender seu cliente.
"Todos os meios de prova serão aceitos: depoimentos, documentos, testemunhas, perícias etc", explicou Valadares.
Kakai, como é conhecido o advogado, disse que pleiteará o direito de trazer um perito técnico para avaliar os áudios concernentes ao inquérito de Carlos Cachoeira. Ele arrolará também como testemunha de defesa o advogado goiano Ruy Cruvinel.
Ainda de acordo com Valadares, na hipótese de o conselho de Ética entender que o acusado feriu o decoro parlamentar, o processo será enviado ao exame da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Ali, explicou ele, o exame será apenas do ponto de vista da constitucionalidade. De lá, o processo seguirá para o plenário do Senado.