O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou nesta quarta-feira (12) sua renúncia ao cargo, após passar menos de um ano no poder. Abe disse que tinha perdido a confiança da população, depois de uma derrota importante de seu partido, o Liberal Democrata, nas eleições para o Senado em julho e de uma série de escândalos financeiros envolvendo ministros.
No pronunciamento à imprensa, arranjando às pressas e transmitido pela televisão, Shinzo Abe, visivelmente abatido, disse ainda que deixava o governo porque o Japão precisa de um novo líder "para lutar contra o terrorismo", numa referência aos planos de renovar o mandato da missão naval japonesa que apóia as forças dos Estados Unidos no Afeganistão.
"O povo precisa de um líder em quem possa confiar e apoiar", afirmou Abe, que vinha enfrentando queda de apoio popular e forte pressão para renunciar. "Na atual situação, é difícil levar adiante políticas efetivas que ganhem apoio e confiança do público. Eu decidi que precisamos de uma mudança nessa situação", afirmou o primeiro-ministro.
Os liberais democratas devem se reunir no dia 19 de setembro para escolher um novo líder, que se tornará automaticamente o novo primeiro-ministro japonês, segundo a TV do país. O secretário-geral do partido, Taro Aso, um aliado próximo de Abe, é o mais cotado para assumir o cargo.
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