O prefeito Homero Barbosa Neto (PDT) disse na manhã desta quinta-feira (17), na entrevista coletiva semanal, que estudas mudanças no serviços de água e esgoto em Londrina e não descartou a municipalização. Ele disparou críticas contra a empresa e afirmou que a Sanepar não tem sido justa com a população de Londrina.
O prefeito afirmou que o número de beneficiados com a tarifa social caiu muito em Londrina e que os recursos arrecadados na cidade são destinados para investimentos em outros municípios. Barbosa mencionou ainda que o custo do serviço é muito elevado.
"Eu vou discutir com a cidade. Eu não acho justo o que a Sanepar está fazendo com Londrina. Nós tínhamos 25 mil pessoas com tarifa social. Hoje não temos nem 5 mil. E é verdade que o dinheiro arrecadado aqui é investido em outros municípios, aliás, boa parte vai para a Europa, porque a maior parte do capital da Sanepar é estrangeiro", disse Barbosa.
O prefeito também acrescentou que a "tendência da municipalização dos serviços de água e esgoto é nacional", conforme a nova lei nacional de saneamento. "Eu não descarto nem a municipalização nem a terceirização porque deste jeito que o serviço está sendo prestado a cidade está perdendo dinheiro".
Outro lado
O presidente da Sanepar, Fernando Eugênio Ghignone, que também concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira em Londrina, rebatou as afirmações de Barbosa, dizendo que o serviço é de qualidade e que desde 2005 não há reajuste de tarifa.
Segundo ele, 99% dos usuários do sistema estão satisfeitos com o serviço, que abastece 100% da população com água tratada e 86% dos domicílios com rede de esgoto.
Ghignone também negou que os recursos obtidos em Londrina sejam investidos em outras cidades. "Sempre houve esta mística de que se investem os recursos das grandes cidades no pequenos município, mas as cidades maiores precisam de mais investimentos porque a população cresce mais rápido", declarou. "Nos últimos anos, foi investido em Londrina três vezes mais do que se arrecadou".
O presidente da Sanepar também negou que o contrato atual entre a prefeitura e a companhia seja emergencial.