Política

Policial do PR ganhará R$ 100 por arma apreendida

13 mai 2003 às 21:21

O governador Roberto Requião (PMDB) anunciou nesta terça-feira que irá encaminhar mensagem à Assembléia Legislativa propondo uma gratificação aos policiais, civis e militares, no valor de R$ 100,00 por cada arma que apreenderem. A medida faz parte da operação de desarmamento que será realizada em todo Estado.

Na mesma mensagem será proposto um seguro de vida no valor de R$ 100 mil para policiais civis e militares. O anúncio foi feito durante reunião com integrantes da Operação Mão Limpas, força-tarefa de combate ao crime organizado, à corrupção e impunidade.


Além do incentivo à apreensão de armas, Requião abraçou a idéia de suspender as concessões de porte de arma proposta pelo delegado-geral da Polícia Civil, Adauto Abreu de Oliveira, conforme matéria publicada com exclusidade pela Folha na edição de terça-feira. ''Precisamos acabar com a banalização da violência e retirar os meios que possibilitem a uma briga de bar evoluir para um assassinato'', declarou o governador.


Em casos extradiordinários, as concessões seriam controladas pelo gabinete da Secretaria de Segurança Pública. Outra medida proposta é fazer uma revisão dos portes de arma já existentes.


O governador orientou os integrantes da força-tarefa a fazerem um levantamento dos locais mais violentos por onde deverá ser iniciada a operação de desarmamento. Pediu, também, sintonia entre o trabalho das polícias e do Poder Judiciário para que haja agilidade no deferimento de mandados de busca e apreensão de armas.


A proposta da procuradora-geral de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, de instalar promotorias de investigação criminal em todas as comarcas do Estado também teve o apoio de Requião. Foz do Iguaçu e Londrina deverão ser as primeiras cidades a contar com o órgão.

Outra medida a ser implementada, anunciada por Requião, será um mutirão junto ao Ministério Público e o Poder Judiciário para resolver o problema de presos que já deviam estar soltos e que, por falta de eficiência burocrática, ainda estão nas prisões.


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