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Eleições 2018

Polêmicos, vereadores de Londrina se elegem como deputados federais

Reportagem Local
07 out 2018 às 22:39

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- Devanir Parra/CML
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Polêmicos, vereadores de Londrina se elegem como deputados federais neste domingo (7). O vereador Filipe Barros (PSL), teve 75.324 votos, que representa 1,31% do total. Já o ex-vereador Emerson Petriv, o Boca Aberta (Pros), teve 90.158 votos, que corresponde 1,57% dos votos.

Em 2016, Filipe Barros foi o sétimo candidato mais votado para vereador, com 4.227 votos. Ele concorreu pela coligação Juntos para Mudar, que engloba os partidos PRB e PDT. Em dezembro do mesmo ano, Barros foi denunciado criminalmente por incitar discriminação religiosa. As denúncias foram oferecida à Justiça pelo promotor Paulo Cesar Vieira Tavares. Foram três no total. Uma por intolerância religiosa, outra sobre fanatismo e a última por racismo.

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Em abril de 2017, Barros postou um vídeo nas redes sociais em que aparece xingando de "vagabundos" grupos de manifestantes que participaram da greve contra as reformas trabalhista e previdenciária promovidas pelo governo Michel Temer (PMDB). Logo no início da manhã, Barros percorreu as ruas do centro da cidade em seu carro, sendo filmado por um assessor, que também ajudou nos xingamentos.

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Em seguida, sindicalistas de Londrina foram à Câmara protestar contra o vereador.

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Para a Justiça, as ofensas de Filipe Barros a sindicalistas não tipificam injúria


Em janeiro deste ano, Barros apresentou pedido de cassação dos vereadores afastados Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB) da Câmara Municipal de Londrina. Ambos foram denunciados investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação ZR-3, por suposto envolvimento em esquema de associação criminosa em relação a projetos de mudanças de zoneamento em Londrina.

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Fernando Cremonez/CML
Fernando Cremonez/CML


O ex-vereador Boca Aberta (Pros) foi cassado pela Câmara Municipal de Londrina em 15 de outubro de 2017, por quebra de decoro parlamentar. O vereador foi acusado de quebra de decoro parlamentar por fazer uma 'vaquinha' virtual para pagar uma multa eleitoral de R$ 8 mil. Consta no relatório da Comissão Processante (CP) que o vereador usou de inverdades para pedir dinheiro a eleitores em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) durante as eleições de 2016.


Boca Aberta foi o vereador mais votado da história de Londrina e também das eleições no Paraná em 2016 com 11.480 votos. Com a cassação, Emerson Petriv ficaria inelegível pelos próximos oito anos e teria que pagar uma multa de R$ 8 mil. A vaga de Emerson Petriv foi herdada por Roque Neto (PR) que ocupava um cargo comissionado na Secretaria Municipal de Assistência Social.

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Um dia após a cassação, Takahashi deu voz de prisão a Boca Aberta durante uma entrevista.

Após a operação ZR-3, o ex-vereador retornou à Câmara e hostilizou Takahashi e Alves.

Justiça proíbe Boca Aberta de frequentar Câmara Municipal de Londrina


Em frente ao Creslon, Boca Aberta filmava Mario Takahashi e dizia: "não tem vergonha, Mario Takahashi? Isso aqui, mudança de zoneamento. O senhor que assinou minha cassação. Vai pedir minha prisão lá agora? Medida restritiva? Vai por tornozeleira no pé?".


No entanto, Boca Aberta teve uma vitória na Justiça sobre sua candidatura e achou que poderia voltar à Câmara Municipal de Londrina. Em seguida, uma liminar foi concedida à Câmara de Londrina contra o retorno do ex-vereador à casa. Mas a defesa esclareceu que isso não o tornava inelegível.

Boca Aberta foi eleito a deputado federal com mais de 90 mil votos. No entanto, ainda não é certo que ele vá assumir o cargo.


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