O PMDB em São Paulo vai realizar uma convenção no dia 17 para eleger os 71 membros de sua comissão executiva estadual. Na prática, deve ser confirmada a chapa que tem na presidência o deputado Baleia Rossi, atual presidente da comissão provisória.
Para a ala dissidente do partido ligada ao ex-governador Orestes Quércia, a convenção seria uma tentativa de legalizar a situação de quase 200 diretórios municipais que foram dissolvidos em São Paulo por atos da atual provisória.
O peemedebista Milton Luis Henrique de Araújo, de São José do Rio Preto, alega que a convenção foi convocada com pouco mais de uma semana de antecedência e sem divulgação. "Não puseram nem no site oficial do partido em São Paulo", disse. Segundo ele, os diretórios dissolvidos que recorreram à Justiça obtiveram ganho de causa. "Os juízes entenderam que a comissão provisória não tinha competência para intervir nos diretórios", disse.
No julgamento dos recursos do PMDB, as decisões em favor dos diretórios dissolvidos foram mantidas. O impasse chegou ao ponto de algumas cidades terem dois diretórios ativos: o que foi nomeado pela executiva e aquele reconduzido pela Justiça.
Araújo enviou ofício ao presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, alegando que a convenção é um casuísmo. "A comissão provisória quer fazer a convenção apenas com os diretórios que ela nomeou, excluindo aqueles que a Justiça considera como legítimos".