Líderes petistas dizem não entender a aparente surpresa de Geraldo Alckmin com a defesa feita pelo partido da revogação da reforma trabalhista implementada no governo de Michel Temer (MDB).
A reversão das mudanças é pauta do PT praticamente desde que a medida foi aprovada, há cinco anos.
Leia mais:
Barroso diz que país esteve perto do inimaginável, sobre plano de golpe e morte de Lula, Alckmin e Moraes
General elaborou e imprimiu no Planalto plano para matar Moraes e Lula, diz PF
Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa de Braga Netto, diz PF
Câmara de Mandaguari é Selo Diamante de Transparência Pública
O programa de governo de Fernando Haddad em 2018, por exemplo, já prometia "revogar as medidas de caráter inconstitucional, antinacional ou antipopular editadas pelo atual governo ilegítimo [de Temer]", incluindo nessa lista as mudanças trabalhistas.
"Ao introduzir a terceirização irrestrita, aprovar a reforma trabalhista e impor um cardápio de contratos precários de trabalho, o governo golpista desequilibrou as relações entre capital e trabalho, em favor dos empresários, e precarizou ainda mais o trabalho", dizia o documento.
A pauta também foi abordada em outros textos produzidos pelo partido, como o Plano de Reconstrução Nacional, de 2020.
Para dirigentes do PT, o ex-tucano está usando o tema artificialmente para se cacifar na disputa por espaços dentro da eventual chapa com Luiz Inácio Lula da Silva, em que é cotado para vice.