Ao menos 93 municípios brasileiros em 25 Estados e no Distrito Federal registraram manifestações a favor das pautas do governo Jair Bolsonaro neste domingo, segundo levantamento atualizado às 19h11. Belém, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiânia, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, São Luís, Salvador, Recife, Maceió, Vitória, Fortaleza e Natal são capitais brasileiras da lista, além de Brasília.
Apoiadores do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) se concentram na Avenida Paulista, região central de São Paulo, em manifestação de apoio ao governo federal. Por volta das 14h, manifestantes se reuniam em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) e agora circulam por entre 6 e 8 quarteirões.
Alguns manifestantes vestem camisas verde e amarelo e carregam cartazes em defesa da reforma da Previdência, da MP 870, que reorganiza os ministérios, do pacote anticrime e da CPI da Lava Toga. Aproximadamente, cinco carros de som foram levados para o ato.
Interior paulista
Em São José do Rio Preto, a manifestação organizada pelos bolsonaristas reuniu mil pessoas, segundo a Polícia Militar. O ato aconteceu em frente ao Mercado Municipal, na região central da cidade.
Ribeirão Preto
A Polícia Militar calculou em 6 mil pessoas o público que compareceu à manifestação em defesa do governo Bolsonaro em Ribeirão Preto. Com faixas e bandeiras do Brasil, o público se concentrou no cruzamento das avenidas 9 de Julho e Presidente Vargas e saiu em marcha pelo centro. Agentes de trânsito interditaram as vias principais. Não houve incidentes.
Campinas
Em Campinas, o ato em defesa da reforma da Previdência e do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro reuniu 3 mil pessoas, conforme estimativa da Polícia Militar. Os manifestantes se reuniram no Largo do Rosário, região central da cidade. Até o encerramento, por volta das 13 horas, a PM não registrou incidentes.
Bauru
Manifestação pró-Bolsonaro reuniu três mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Houve ainda uma carreata com 800 veículos pelas avenidas da cidade, segundo a PM. Apoio a Moro foi o mote principal, segundo Kleber Ciro, um dos organizadores.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) construiu sua carreira política, o público que compareceu ao ato deste domingo, 26, a favor de seu governo ocupou 800 metros da pista mais perto da praia da avenida Atlântica, em Copacabana (zona sul).
Embora as principais pautas fossem quase unânimes - a aprovação do pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, a aprovação da reforma da Previdência e o apoio irrestrito ao presidente -, havia uma profusão de pautas divergentes - muita gente pedia o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, outros exigiam intervenção militar imediata, o fim do exame nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e até a renovação da frota de ônibus municipais de Duque de Caxias (Baixada Fluminense).
Nem a Polícia Militar nem participantes do ato divulgaram alguma estimativa de público. A imensa maioria dos participantes usava camisas verde e amarelas, algumas personalizadas com frases de apoio a Bolsonaro ou a Moro. Embora políticos do PSL, como a deputada estadual Alana Passos, tenham comparecido e discursado, todos ressaltaram que estavam presentes como "cidadãos" e não como políticos.
Discurso dentro de igreja
O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa das manifestações em favor de seu governo, que ocorrem neste domingo em diferentes pontos do País. Segundo ele, "hoje é o dia em que o povo estará nas ruas", em uma "manifestação espontânea", como um recado "para aqueles que, com suas velhas práticas, não deixam que o povo se liberte".
Bolsonaro discursou durante um culto religioso na Igreja Batista Atitude, no Recreio, zona oeste do Rio de Janeiro. Ele subiu ao palco com a mulher Michelle Bolsonaro, frequentadora do templo evangélico.
"Pela primeira vez na história do Brasil um presidente eleito está cumprindo o que prometeu na campanha", afirmou Bolsonaro. O presidente se emocionou durante o discurso, ao agradecer a Deus pela sua vida. "Peço orações para mim, para o Brasil e para as autoridades. Para que possamos vencer os obstáculos", discursou
Bolsonaro disse que as palavras na política nem sempre representam a prática, mas que seu governo está fazendo diferente e mudando paradigmas. "Se estou aqui, é porque acredito na minha nação", declarou. "Juntos, podemos governar. Nós temos como transformar o Brasil numa grande nação", afirmou
Bolsonaro e Michelle se ajoelharam no palco da igreja para receber as bênçãos do pastor Josué Valandro Jr., que conclamou os cerca de 3.500 fiéis presentes no culto para uma oração pelo presidente.
"Mesmo no dia de maior pressão, Jesus estará com ele", orou Valandro Jr., em meio a problemas técnicos, que chegaram a deixar o templo sem energia elétrica por alguns minutos, levando o presidente a subir ao palco ainda às escuras.
Esquema de segurança
A visita de Bolsonaro motivou um forte esquema de segurança. Os fiéis que chegaram para o culto foram submetidos a revista minuciosa, que incluía detector de metais e a proibição de entrada no templo com garrafas d'água e guarda-chuvas. Alguns reclamaram das longas filas que se formaram à entrada da igreja
Um homem foi retirado da fila e impedido de entrar pela equipe de segurança, mas o motivo de ter sido barrado não foi informado
Bolsonaro participou neste sábado, 25, da cerimônia de casamento do filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL-SP. Eduardo e Heloísa Wolf se casaram em uma cerimônia para 150 convidados, nos jardins de uma casa de festas em Santa Teresa, na região central da capital fluminense. A celebração foi restrita a uma lista seleta de parentes e amigos da família.
A assessoria da Presidência da República ainda não soube precisar a data e horário de retorno de Jair Bolsonaro a Brasília.