Pela quinta vez consecutiva, a Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas) conseguiu impedir a determinação da Lei Seca nas eleições. O pedido foi feito pela associação e acatado pela Sesp (Secretaria da Segurança Pública do Paraná).
"A medida está completamente ultrapassada e não sendo mais aplicada nos principais e importantes estados brasileiros, principalmente os com grande apelo turístico e que recebem turistas internacionais, como é o caso do Paraná em Foz do Iguaçu", afirmou o presidente da Abrabar, Fabio Aguayo.
De acordo com a entidade, é importante ressaltar que em outras ocasiões, de forma espontânea, os bares, casas de shows e casas noturnas foram orientados pela entidade para deixarem de vender bebidas alcoólicas das 5h da manhã às 17h. "Os restaurantes e churrascarias comercializaram normalmente durante o período do almoço e não tiveram nenhum incidente que prejudicasse a população ou transcorrer do processo eleitoral", recordou.
Leia mais:
OAB se posiciona contra fim de secretarias da Mulher e do Idoso por Tiago Amaral
Privatizações viram trunfo de Ratinho Junior ao pleito de 2026
Ministro do STF dá 30 dias para governo criar regras para emendas em universidades
Câmara dos Vereadores de Cornélio Procópio terá que fazer nova eleição para mesa diretora
A Lei Seca proíbe a venda, compra e consumo de bebidas alcoólicas no dia da eleição, sob pena de ser conduzido para uma delegacia e receber multa. E os bares e restaurantes podem ser fechados.
Em nota, a Sesp informou que a medida foi tomada neste ano após debater o assunto com outras instituições e também por consideração às decisões judiciais anteriores exaradas pelo Poder Judiciário que já foram contrárias a proibição da venda de bebidas alcóolicas.
Nas eleições de 2016, a portaria foi publicada e a Abrabar entrou com uma liminar na Justiça. O presidente da entidade agradece "o bom senso e diálogo da governadora Cida Borghetti e do secretário de Segurança, Julio Reis, por atenderem o pedido de forma administrativa e não jurídica, como em anos anteriores".
Conforme Aguayo, o setor movimenta R$ 680 milhões em todo o Paraná nos finais de semana de eleições. "Em tempos agudos e de forte crise econômica, deixar de trabalhar em uma data forte como é o sábado e domingo, compromete sensivelmente o orçamento das empresas, bem como trabalhadores", ressaltou.