O Conselho Universitário (CU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) deverá manter nesta segunda a escolha do médico Pedro Gordan para o cargo de reitor, em substituição ao professor Jackson Proença Testa, afastado do cargo sexta-feira pelo governador Jaime Lerner (PFL). Outra proposta que pode ser definida antes da reunião para a escolha da lista sêxtupla (três para vice e três para reitor), marcada para às 16 horas, é que os nomes devem ser escolhidos entre os nove diretores de centros de estudos da universidade. A reunião para a escolha da lista é fechada e a votação, secreta. Em seguida a lista será entregue ao Governo do Estado.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Professores da UEL, César Caggiano dos Santos, a probabilidade para a aceitação dessa proposta é grande. ''O Conselho não pode tomar outras decisões senão aquelas que já havia tomado, ao meu ver, quem vai encabeçar a lista para reitor é o Pedro Gordan'', afirmou. Santos disse ainda que a escolha dos cinco outros nomes devem ser de diretores de centro, como prevê o estatuto da UEL e o regimento do C.U.
A opinião é compartilhada pela diretora do Centro de Educação, Comunicação e Artes (Ceca), Nádina Aparecida Moreno. ''O Conselho não tem obrigação de eleger o doutor Pedro, mas por coerência acho que ele deve encabeçar a lista tríplice''. Segundo ela, essa escolha seria coerente com a decisão tomada no dia 8, quando Gordan foi escolhido pelo CU como o reitor interino. Nádina Moreno entende que o estatuto da universidade e o regimento do C.U prevêem que o escolhido seja um diretor de centro. ''O Conselho é soberano e temos certeza que irá obedecer o estatuto''.
De acordo com Kennedy Piau, professor do Departamento de Artes, o estatuto da UEL prevê que na vacância ou impedimento do reitor e vice, um dos diretores de centro será indicado pelo C.U. ''Há um certo entendimento dos membros do Conselho de que deveremos proceder dessa forma'', comentou. Segundo ele, o documento encaminhado ao C.U pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ramiro Wahrhaftig, afirma que os procedimentos regimentais devem ser seguidos.
*Leia mais na reportagem de Lino Ramos na Folha de Londrina/Folha do Paraná deste domingo