Londrina deverá ter 350 candidatos a vereador disputando uma das 19 cadeiras na Câmara Municipal, número um pouco menor em comparação com as eleições de 2012, quando foram inscritos 398 nomes na Justiça Eleitoral. Os partidos políticos têm até o próximo dia 15 de agosto para pedir o registro e até lá podem ocorrer alterações nos nomes indicados nas convenções partidárias.
Conforme a reportagem da FOLHA apurou junto às agremiações, foram formadas oito coligações proporcionais, enquanto seis partidos vão para a disputa sozinhos. A redução na somatória geral de candidatos também se deve às mudanças impostas pela minirreforma aprovada em 2015, onde a apresentação de candidaturas deve seguir o percentual fixo, independentemente da construção de alianças ou chapa pura. Cada partido ou coligação poderá solicitar o registro de candidatos para o Legislativo até 150% do número de lugares a preencher.
Em três coligações – PPS/PSB/DEM, PP/PTB e PRB/PDT – cada partido tem pelo menos um vereador tentando a reeleição. Embora a presença de um candidato mais conhecido seja apontada como vantagem para atração de votos, especialmente em uma campanha mais curta como será neste ano, estas chapas acabam gerando desconfiança junto às demais siglas na hora de selar as composições. "O candidato menos famoso, que sabe da sua limitação, sente que vai trabalhar apenas para eleger aqueles com maior capital político", disse um presidente de partido local, que preferiu o anonimato. Ele afirmou que as alianças somente são fechadas depois de muitas contas, levando em consideração a estimativa do quociente eleitoral. A perspectiva é de 14 mil votos para que o partido ou coligação conquiste uma vaga.
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ESQUERDA
Ao contrário de 2012, os partidos de esquerda não conseguiram viabilizar a chapa para as eleições deste ano. O PSOL estará com chapa pura, apenas com o apoio informal de PSTU e PCB. Segundo o presidente municipal do PSTU, Anderson Souza Oliveira, "tivemos alguns atrasos para reunir a documentação necessária e não poderemos participar com candidatos desta eleição". Ele disse que foi montada a "unidade de esquerda", para dar apoio à candidatura do PSOL.
A reportagem não conseguiu falar com lideranças do PHS, Partido Novo e PCO.