Pela primeira vez, o Paraná aparece no expoente da história política do Brasil com a indicação de Álvaro Dias (PSDB) para vice na chapa de candidatura à presidência da república de José Serra. O anúnciou oficial ocorreu na sexta-feira (25), quando o paranaense estava numa convenção partidária no Mato Grosso.
Para Álvaro, o estado com mais de 7,5 milhões de eleitores, pode ser decisivo nessas eleições. "Fui convocado nesses termos, tratar-se de uma decisão amadurecida. Houve uma consulta nacional através de pesquisa. O Paraná tem peso, é um estado importante, tem mais de 7,5 milhões de eleitores e pode ser decisido na eleição, pode ser a diferença. O Paraná unido certamente fará a diferença", avaliou.
Solução caseira
A indicação de Álvaro Dias revolveu dois problemas do PSDB. A indicação de um vice do próprio partido, depois que Aécio Neves rejeitou o pedido e da denúncia de supostos empregados fantasmas no gabinete de Sérgio Guerra, e o PDT.
O partido vem sendo cobiçado por PT e PMDB, já que compõe a base do governo Lula. A bola da vez: Osmar Dias. Mas o irmão de Álvaro não conseguiu o que queria, todo o apoio dos partidos. Descontente, ele tentou coligar-se com o PSDB e foi vetado pela direção nacional do próprio partido. Agora o pedetista arrumou outro consolo - não disputa uma eleição contra o irmão tucano.
"Todos sabem das minhas relações fraternais, além de sangue, com o Osmar. Nós dois sempre estivemos juntos, embora em partidos diferentes. Obviamente é isso que se calcula, que estaremos juntos novamente. Como o projeto nacional é prioritário, certamente, o Osmar estará conosco", disse o tucano.
DEM
Álvaro Dias procurou minimizar a polêmica com o DEM, que reivindica a indicação de vice na chapa de José Serra. "Trata-se de uma indicação legítima. Seria deplorável o contrário. Não se condena o fato do DEM, como um partido importante, com valores exponencias na política do país, não postular uma posição como esta. É democrático, é legítimo e é justo que os Democratas postulem a vice, até porque já ocuparam duas vezes com o Fernando Henrique Cardoso e com o (Geraldo) Alckmin. Absolutamente natural, mas é certo que existem postulações de lado a lado. Essas ponderações estão sendo avaliadas e certamente teremos um entendimento", concluiu (com rádio CBN Curitiba).