Política

Nedson reaparece como candidato ao governo do Paraná

01 nov 2009 às 19:43

O ex-prefeito de Londrina, Nedson Micheleti, voltou ao cenário político depois de alguns meses de ibernação.

Ele participou do encontro estadual do PT, ocorrido em Curitiba, no último sábado (31), e colocou seu nome à disposição do partido caso haja chapa pura nas eleições ao governo do Paraná, em 2010. Outra pessoa que se solidarizou com a ideia foi a ex-reitora e atual secretária estadual de Ciência e Tecnologia, Lygia Pupatto.


A alternativa ganhou força depois que o senador Osmar Dias (PDT) assinou requerimento pela criação da CPI do MST.


Em nota sobre a conjuntura eleitoral do Paraná, a executiva do PT ainda não descarta a aliança com o PDT, assim como admite conversar com o PMDB, de Orlando Pessuti.


Leia na íntegra:


O quadro eleitoral no Paraná se apresenta com alternativas de cenários que colocam os partidos com a necessidade de permanentemente revisitarem suas estratégias e seus posicionamentos.


Neste momento temos quatro conjuntos de forças políticas se movimentando para a disputa eleitoral do próximo ano:


1) o PMDB, na pessoa do vice governador Orlando Pessutti de um lado, que se apresenta para a disputa ao governo do Estado com o objetivo de defender a continuidade do atual governo e com o atual governador Roberto Requião de outro que indica sua candidatura ao Senado Federal;


2) o PSDB, reunindo os campos mais a direita em nosso espectro político, responsável por organizar e coordenar o palanque eleitoral do candidato do PSDB a presidência da República, a ser representado por José Serra ou Aécio Neves;


3) o PDT, representado pelo senador Osmar Dias como candidato ao governo do Estado e que busca diálogo com amplos setores da economia paranaense, seja da indústria, comércio, grandes cooperativas e setores sociais mais organizados; e


4) o Partido dos Trabalhadores que trabalha no sentido da construção de um palanque forte para a campanha da ministra Dilma Rousseff no Paraná com o objetivo de garantir a continuidade das conquistas do governo Lula e que para isso implementa um forte movimento pela construção de uma ampla aliança entre os partidos da base aliada do Governo Federal ou, se isso não for possível, uma candidatura própria ao governo do Estado que marchará junto com a nossa candidatura ao Senado, na defesa da continuidade do nosso governo no plano nacional.


Diante deste quadro o Partido dos Trabalhadores do Paraná reafirma o seu compromisso em intervir politicamente para fortalecer o projeto de desenvolvimento do Brasil que está sendo conduzido pelo presidente Lula. Projeto que está mudando a vida do povo brasileiro. Projeto que reafirma o papel do Estado na condução do processo de desenvolvimento econômico e social de nosso país. Projeto que terá continuidade com a ministra Dilma Roussef presidenta do povo brasileiro.


Reafirmamos, também, nossos esforços para construirmos aqui no Paraná uma aliança com os partidos da base política do governo do presidente Lula, buscando dar sustentação a sucessão nacional e, ao mesmo tempo, fortalecer um projeto alinhado de desenvolvimento sustentável e inclusivo no Estado do Paraná.


Afirmamos, entretanto, ao conjunto do Partido e à sociedade paranaense que em momento algum o PT, para o alcance de nossos objetivos, ficará refém, aqui no Paraná do posicionamento dos partidos que compõem nossa base aliada no plano nacional. Construiremos aqui todas as condições políticas para sustentar o projeto nacional e intervir no quadro eleitoral paranaense, evidenciando o papel protagonizado pelo PT na construção e defesa das políticas públicas que estão mudando o Brasil, seja isso dentro da ampla aliança que defendemos ou não.


Reafirmamos, também, nosso posicionamento contrário a chamada CPI do MST, entendendo-a como movimento político-eleitoral na tentativa de criminalização dos movimentos sociais e de desgaste do governo federal.


Externamos, por fim, nosso apoio e solidariedade ao deputado estadual professor Lemos em razão dos ataques sofridos por parte da liderança do governo na Assembleia Legislativa na discussão sobre o Orçamento do Estado reafirmando nossa posição em defesa dos 25% dos recursos para educação, bem como em razão da postura preconceituosa e desrespeitosa adotada esta semana pelo Governador Requião em relação ao deputado e ao direito de liberdade de orientação sexual de todos.

Curitiba, 30 de outubro de 2009
Direção Executiva do PT-PR


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