O ex-prefeito Nedson Micheleti (PT) disse não acreditar "numa vírgula dessas acusações" que estão sendo feitas contra o vereador Jacks Dias (PT), que foi seu secretário de Gestão Pública nos quase oito anos em que esteve à frente da Prefeitura de Londrina.
Jacks Dias, conforme investigação do Ministério Público, teria exigido propina de duas empresas para manter os contratos de prestação de serviços. O primeiro inquérito, no qual o vereador foi indiciado, diz respeito à cobrança de valores mensais, entre 2006 e 2008, da empresa Sertcon, que prestava serviços de limpeza para a Autarquia de Saúde. Em depoimento, proprietários da empresa confirmar o achaque.
A outra denúncia se refere à mesma conduta, poré, contra a empresa Centronic, que prestou serviços de vigilância. Neste caso, ele teria exigido R$ 80 mil mensais entre 2005 e 2007. Em entrevistas coletivas, o vereador negou as duas acusações e qualquer irregularidade enquanto foi secretário de Nedson Micheleti.
Para Nedson, que é amigo íntimo de Jacks, as denúncias não são procedentes. "Ele é meu irmão, companheiro mesmo, e eu o conheço desde jovem, quando éramos solteiro. Nunca vi nada que se aproximasse disso. Ele é de plena confiança minha. Não acredito numa vírgula dessas acusações", afirmou ao ser questionado pelo assunto em entrevista à Rádio Paiquerê AM.
O ex-prefeito, no entanto, não criticou a atuação do Ministério Público. "O Ministério Público tem a obrigação de investigar qualquer denúncia que receba e acho que o Jacks fez muito bem em se colocar à disposição para as investigações e abrir seus sigilos", afirmou o amigo.
Nedson disse ainda que dada a "fragilidade" moral da Câmara Municipal de Londrina, em razão de tantas denúncias de irregularidades, "qualquer coisa que alguém falar contra um vereador se torna verdade".
Além de Jacks Dias, outros cinco vereadores são investigados ou foram denunciados em ações do Ministério Público por desvio de conduta: Sandra Graça, Paulo Arildo, Rodrigo Gouvêa, Tito Valle e Joel Garcia.