Passada a apreensão por supostas revelações bombásticas que seriam feitas no programa de José Serra (PSDB) no domingo à noite, o propaganda do PT ontem à tarde foi indiferente aos ataques do tucano. Serra voltou a insistir na tese do estelionato eleitoral e na ruína do país caso a oposição vença. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por uma programa didático. Explicou as mudanças que pretende fazer na área de saúde.
Lula respondeu a perguntas num auditório montado especialmente para o programa eleitoral. Pediu mais carinho no atendimento hospitalar. "Uma pessoa mais pobre que procura um hospital se sente humilhada", disse.
Serra também falou de saúde. Disse que vai manter as atuais políticas, assim como as de educação. E prometeu fazê-las avançar.
Acusado por Serra de trazer de volta a hiperinflação se cumprir as "mágicas" que vem prometendo, Lula evitou promessas na área de saúde. Afirmou que não vai construir novos hospitais até que os atuais estejam todos funcionando. "O que precisamos é otimizar recursos. Por isso é preciso ter consciência de que o dinheiro bem utilizado dá para fazer a boa política de saúde que queremos para o Brasil".
Serra prometeu mudar a a Constituição para permitir intervenção na segurança pública dos Estados. E voltou a acenar com um salário-mínimo de R$ 300, mais a inflação, até o fim do governo.
Por sua vez, Lula lembrou a necessidade de medicamentos básicos para a população. Disse que quem vai a um hospital não busca receita médica, mas cura para a doença.