A mulher do empresário Marcos Valério, acusado de ser o operador do "mensalão", Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza, afirmou em depoimento à CPI Mista dos Correios na manhã desta terça-feira (26) que nunca freqüentou as empresas que estão em seu nome - DNA, SMP&B e Grafitte. O depoimento estava previsto para as 10h, mas começou com 1h30 de atraso.
Renilda disse que passou uma procuração para Marcos Valério representá-la junto às empresas SMPB e DNA Propaganda e que o faria de novo se fosse necessário.
Ela desmentiu a versão veiculada pela imprensa de que teria tentado sacar ou transferir dinheiro de sua conta no BankBoston, em Belo Horizonte. Ela disse ainda que sua conta está sendo monitorada e qualquer saque a partir de R$ 100 precisa ter autorização da gerência.
Renilda relembrou ainda aos parlamentares que a ex-secretária de Marcos Valério, na SMP&B, Fernanda Karina Somaggio, já havia dito que nunca tinha visto Renilda na agência.
Antes do depoimento o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) pediu a prisão preventiva de Marcos Valério para evitar a destruição de provas e o constrangimento de pessoas. O parlamentar disse ainda que a prisão deverá proteger a integridade física do empresário, que, segundo ele, "corre riscos severos". O pedido foi apoiado pelos senadores Ney Suassuna (PMDB-PB) e Sibá Machado (PT-AC).
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) pediu a indisponibilidade dos bens Marcos Valério. O presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), disse que avaliará os pedidos, que devem ser votados ainda hoje.
Fonte: Terra e Agência Câmara