Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Durante sessão no TJ-PR

MPPR abre procedimento para apurar a possível prática de dano moral coletivo em fala de desembargador

Redação Bonde com MPPR
10 jul 2024 às 19:59

Compartilhar notícia

- MPPR
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos, abriu procedimento para apurar a possível prática de dano moral coletivo ao gênero feminino em manifestações do desembargador Luís César de Paula Espíndola durante sessão da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, ocorrida em 3 de julho.


RELEMBRE: Desembargador diz em sessão que 'mulheres assediam homens' e é repudiado pela OAB


O caso teve repercussão nacional e suscitou a manifestação de diversas entidades, inclusive o MPPR, contra a fala do magistrado. Em consequência, a Corregedoria Nacional de Justiça abriu procedimento de reclamação disciplinar após tomar conhecimento de que o desembargador “teria proferido fala de conteúdo potencialmente preconceituoso em relação à vítima menor, além de ter tecido comentários inadequados e de conteúdo aparentemente misógino, em caso sensível de assédio envolvendo menor de 12 anos, e cuja medida protetiva havia sido requerida pelo Ministério Público”.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Machismo estrutural 

Leia mais:

Imagem de destaque
Conheça os integrantes

Tiago Amaral anuncia equipe de transição de governo em Londrina

Imagem de destaque
Edição atualizada e ampliada

Deputado federal lança livro e documentário sobre dívida pública brasileira nesta quinta-feira

Imagem de destaque
Análise

Entenda como a vitória de Trump deve afetar o Brasil, com mais protecionismo e cerco a importados

Imagem de destaque
Polarização

Brasil terá 52 prefeitos apoiados por PT e PL, incluindo vice de sigla rival


A 12ª Câmara Cível julgava pedido de medida protetiva em favor de uma aluna de 12 anos de União da Vitória que se sentiu assediada por um professor. Ele teria pedido o contato da menina e enviado mensagem a ela, elogiando-a e pedindo sigilo sobre a comunicação. A aluna informou que se sentia assediada e que o professor dirigia a ela olhares maliciosos e “piscadas”. No pedido de medida protetiva, apresentado pelo Ministério Público do Paraná, foi solicitado que o professor não desse aulas para a turma na qual a aluna está matriculada e fosse proibido de se aproximar dela.

Publicidade


O desembargador manifestou-se contrário à concessão da medida protetiva, chegando a alegar que se tratava de “ego de adolescente” que “precisava de atenção”. Após a fala de uma colega, que ressaltou o machismo estrutural na sociedade, ele a contestou, com manifestação de teor considerado machista e misógino, razão pela qual a Promotoria de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos resolveu instaurar procedimento para averiguar o fato.


Apesar do voto contrário do magistrado (único nesse sentido no julgamento do caso pela 12a Câmara Cível), a medida protetiva foi mantida pelo Tribunal, para proteger a aluna do contato com o docente diante do seu constrangimento.


A Promotoria de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos informou ter recebido por diversos canais indicações de outros casos em que, em sessão de julgamentos de recursos ou mesmo na lavratura de votos, o desembargador “teria violado o decoro do cargo, com utilização de linguagem inadequada, expressando misoginia, valendo-se de estereótipos com preconceito de gênero, causadores de danos morais coletivos por ofensa a dignidade humana de mulheres adultas, bem como de crianças ou adolescentes do sexo feminino”, alegando que “não se trata de um fato isolado”.


Imagem
Desembargador diz em sessão que 'mulheres assediam homens' e é repudiado pela OAB
O desembargador Luís César de Paula Espíndola disse, em uma sessão do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná), realizada nesta quarta-feira (3), que “as mulheres estão loucas atrás dos homens” e que elas os assediam. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Pa
Imagem
Corregedor nacional abre reclamação disciplinar contra desembargador que afirmou que 'mulheres assediam homens'
A CNJ (Corregedoria Nacional de Justiça) instaurou, nesta sexta-feira (5), uma reclamação disciplinar contra Luís César de Paula Espíndola, desembargador do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) que afirmou que "as mulheres assediam homens".
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo