Política

MPE recebeu 241 representações de irregularidades na internet

12 out 2018 às 17:42


O MPE (Ministério Público Eleitoral) recebeu, desde o início do período oficial de campanha, 241 representações sobre possíveis irregularidades praticadas na internet relacionadas às eleições presidenciais e todas estão sendo apuradas pela PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral). Segundo o órgão, a maioria, 112, aponta supostos ilícitos na propaganda eleitoral por meio de vídeos ou postagens nas redes.

O MPE dá como exemplo o impulsionamento de conteúdo feito por terceiros em apoio a candidatos - prática vedada pela legislação -, e relatos de que empresários estariam coagindo funcionários a votarem em determinados políticos. Os dados são referentes às representações recebidas de 15 de agosto até quinta-feira, 11.


Foram envidas ao órgão 42 manifestações relatando a disseminação de notícias falsas e conteúdo difamatório envolvendo candidatos presidenciais. Apontamentos sobre realização e divulgação de pesquisas e enquetes irregulares nas redes são 26 representações no total.


De acordo com a assessoria do MP, também foram enviados links de internet relativos a manifestações políticas em templos religiosos, distribuição e venda de camisetas, propaganda antecipada, além de conteúdo que pode induzir o eleitor a erro.


Outras 6 reclamam do uso de aplicativos vinculados aos políticos. Roubo de dados pessoais e doação irregular também entraram no conteúdo das representações enviadas.


O órgão ainda relata que, no primeiro turno das eleições, realizado no último domingo (7), 27 vídeos chegaram à PGE em representações que relatam supostos problemas nas urnas eletrônicas.


Do universo total de notícias que o órgão recebeu, a maior parte veio de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.


Num primeiro momento, a PGE analisa se o fato relatado configura ou não irregularidade eleitoral. Se sim, pode pedir ao provedor ou à Justiça a retirada do conteúdo do ar. Depois, o órgão atua para responsabilizar os autores.

Caso a irregularidade apontada não seja responsabilidade da PGE, o caso é encaminhado ao órgão do Ministério Público responsável, destino de representações que tratam, por exemplo, de crimes de ódio e violência praticadas em contextos eleitorais, afirma a procuradoria.


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