As diversas motociatas realizadas pelo ex-presidente nos últimos quatro anos tiveram um custo médio de R$ 100 mil cada aos cofres públicos, por meio do cartão corporativo do governo federal.
CUSTOS DA MOTOCIATA
As motociatas realizadas em diversas cidades eram acompanhadas por até 300 militares por passeio.
As despesas incluem de hospedagens a alimentação.
Leia mais:
Lula defende 'pilar social' e jornada de trabalho equilibrada no G20
Paraná: Programa 'Parceiro da Escola' é suspenso pelo Tribunal de Contas
Ato contra 6x1 na Paulista tem xingamento a Nikolas Ferreira e ausência da CUT e PT
Irmão de autor de atentado diz que ele se "deixou levar pelo ódio"
Esse tipo de evento exigia a presença de policiais militares, tropa de choque, socorristas e agentes do Exército para dar o suporte necessário.
Quando esteve no governo, Bolsonaro costumava dizer que não utilizava o cartão corporativo.
As informações foram adiantadas pelo jornal Estado de S.Paulo e confirmadas pelo UOL com base nos documentos obtidos pela agência Fiquem Sabendo.
GASTOS EM PADARIAS
Esse tipo de estabelecimento era um dos preferidos para o ex-presidente usar o cartão corporativo.
Jair Bolsonaro chegou a gastar R$ 126 mil em 102 compras de lanches para alimentar as tropas, na padaria Tony e Thays, em São Paulo. Na padaria Santa Marta, no Rio de Janeiro, o ex-presidente efetuou 24 compras ao custo de R$ 364 mil. Os hotéis onde as equipes do ex-presidente se hospedavam tinham diária média de R$ 100 e R$ 250.
Nas férias, Jair Bolsonaro também realizava motociatas e aumentava ainda mais os gastos no cartão corporativo.
Quando viajou com familiares e assessores para aproveitar as férias em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, em fevereiro de 2021, o então presidente se hospedou em um hotel pertencente às Forças Armadas.
Nos quatro dias em que esteve na cidade, ele gastou R$ 9 mil em diárias. Nesse período, foram gastos R$ 48 mil apenas em compras de supermercados. Outros R$ 5 mil em reparos de jet-skis.
Entretanto, Bolsonaro mentia ao afirmar que as hospedagens em instalações militares não custavam nada aos cofres públicos.
Até o momento, Jair Bolsonaro não se manifestou sobre os gastos no cartão corporativo.