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Pré-candidato

Moro pede 3ª via unificada, cita Doria, diz ter mais chances e descarta desistir

Géssica Brandino - Folhapress
22 fev 2022 às 15:16
- Divulgação
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O‌ ‌pré-candidato‌ ‌à‌ ‌Presidência‌ ‌da‌ ‌República‌ ‌Sergio‌ ‌Moro‌ ‌(Podemos)‌ ‌defendeu‌ ‌nesta terça-feira (22) a‌ ‌união‌ ‌urgente‌ ‌dos‌ ‌candidatos‌ ‌da‌ ‌chamada‌ ‌terceira e acenou ao‌ ‌governador‌ ‌de‌ ‌São‌ ‌Paulo‌ ‌e‌ ‌presidenciável‌ ‌João‌ ‌Doria‌ (PSDB).


O ex-juiz da Lava Jato ‌destacou‌ ‌que‌ ‌as‌ ‌pesquisas‌ ‌mostram‌ ‌que ele seria o representante‌ ‌do‌ ‌grupo‌ ‌com‌ ‌mais‌ ‌chance‌ ‌de‌ ‌vencer‌ ‌as‌ ‌eleições.‌ ‌Portanto, por ora, descarta desistir da disputa. ‌

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"Eu‌ ‌estou‌ ‌em‌ ‌terceiro‌ ‌lugar‌ ‌desde‌ ‌que‌ ‌coloquei‌ ‌nessa‌ ‌posição‌ ‌de‌ ‌pré-candidato,‌ ‌então‌ ‌não‌ ‌faz‌ ‌sentido‌ ‌eu‌ ‌abdicar‌ ‌da‌ ‌minha‌ ‌pré-candidatura‌ ‌se‌ ‌ela‌ ‌é‌ ‌com‌ ‌maior‌ ‌potencial‌ ‌de‌ ‌vencer‌ ‌esses‌ ‌extremos.‌ ‌Mas‌ ‌a‌ ‌gente‌ ‌tem‌ ‌que‌ ‌tratar‌ ‌isso‌ ‌com‌ ‌bastante‌ ‌humildade",‌ ‌disse‌ ‌Moro‌ ‌durante‌ ‌evento‌ ‌do‌ ‌banco‌ ‌BTG‌ ‌Pactual‌.‌‌

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Ao‌ ‌ser‌ ‌questionado‌ ‌se‌ ‌abriria‌ ‌mão‌ ‌de‌ ‌sua‌ ‌pré-candidatura‌ ‌por‌ ‌outro‌ ‌candidato,‌ ‌Moro disse‌ ‌que‌ ‌há‌ ‌vários‌ ‌nomes‌ ‌reformistas‌ ‌que‌ ‌se‌ ‌colocam‌ ‌na‌ ‌disputa,‌ ‌citando‌ ‌Doria,‌ ‌que‌ ‌estava‌ ‌na‌ ‌plateia‌ ‌e‌ ‌falaria‌ ‌no‌ ‌mesmo‌ ‌evento‌ ‌na‌ ‌sequência.‌ ‌ ‌

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"Tá‌ ‌aqui‌ ‌o‌ ‌governador‌ ‌Doria,‌ ‌que‌ ‌tem‌ ‌essa‌ ‌mesma‌ ‌visão.‌ ‌Então,‌ ‌acho‌ ‌muito‌ ‌factível‌ ‌que‌ ‌nós‌ ‌possamos‌ ‌nos‌ ‌unir‌ ‌em‌ ‌algum‌ ‌momento‌ ‌desse‌ ‌ano‌ ‌para‌ ‌enfrentar‌ ‌esses‌ ‌extremos",‌ ‌afirmou,‌ ‌no‌ ‌que‌ ‌foi‌ ‌aplaudido‌ ‌pelo‌ ‌público‌ ‌de‌ ‌empresários.‌ ‌ ‌


O pré-candidato aproveitou‌ ‌ainda‌ ‌para‌ ‌destacar‌ ‌outras‌ ‌semelhanças‌ ‌entre‌ ‌ele‌ ‌e‌ ‌o‌ ‌tucano,‌ ‌dizendo‌ ‌que‌ ‌ambos‌ ‌foram‌ ‌atacados‌ ‌por‌ ‌extremistas:‌ ‌Doria,‌ ‌por‌ ‌defender‌ ‌as‌ ‌vacinas,‌ ‌e‌ ‌ele,‌ ‌por‌ ‌combater‌ ‌a‌ ‌corrupção.‌ ‌

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De‌ ‌forma‌ ‌recorrente‌ ‌em‌ ‌seu‌ ‌discurso,‌ ‌o‌ ‌ex-ministro‌ ‌da‌ ‌Justiça‌ ‌do‌ ‌governo‌ ‌do‌ ‌presidente‌ ‌Jair‌ ‌Bolsonaro‌ ‌(PL)‌ ‌disse‌ ‌que‌ ‌deixou‌ ‌o‌ ‌cargo‌ ‌porque‌ ‌não‌ ‌ter‌ ‌concordado‌ ‌com‌ ‌o‌ ‌fato‌ ‌de‌ ‌o‌ ‌mandatário‌ ‌abandonar‌ ‌a‌ ‌agenda‌ ‌contra‌ ‌a‌ ‌corrupção‌ ‌e‌ ‌mencionou‌ ‌que‌ ‌foi‌ ‌sabotado‌ ‌por‌ ‌ele‌ ‌ao‌ ‌tentar‌ ‌avançar‌ ‌na‌ ‌pauta.‌ ‌ ‌


O‌ ‌presidenciável‌ ‌também‌ ‌afirmou‌ ‌que‌ ‌os‌ ‌candidatos‌ ‌do‌ ‌campo‌ ‌já‌ ‌deveriam‌ ‌estar‌ ‌unidos‌ ‌e‌ ‌que‌ ‌essa‌ ‌é‌ ‌uma‌ ‌questão‌ ‌urgente.‌ ‌ ‌


"A‌ ‌gente‌ ‌precisa‌ ‌realmente‌ ‌buscar‌ ‌essas‌ ‌união‌ ‌entre‌ ‌os‌ ‌todos‌ ‌os‌ ‌candidatos‌ ‌desse‌ ‌centro‌ ‌democrático‌ ‌ou‌ ‌nós‌ ‌vamos‌ ‌cair‌ ‌nas‌ ‌garras‌ ‌dos‌ ‌extremos‌ ‌e‌ ‌acho‌ ‌que‌ ‌não‌ ‌temos‌ ‌tempo‌ ‌a‌ ‌perder",‌ ‌concluiu.‌ ‌

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