O prefeito de Londrina, José Joaquim Ribeiro (sem partido) falou pela primeira vez nesta manhã à imprensa, mais de uma semana após ter confessado ao Ministério Público que recebeu propina de empresários envolvidos na licitação para compra de uniformes escolares.
Em entrevista à repórter Cláudia Lima, da rádio CBN Londrina, Ribeiro afirmou que fará sua defesa do caso e não renunciará ao cargo de prefeito, apesar da pressão feita por entidades de classe como a ACIL e movimentos populares.
"Já estamos governando sob pressão. Claro que isso (confissão de propina) aumentou a pressão. O momento é das entidades se unirem para administrar a cidade. Todos sabem que não sou corrupto, não vim para a prefeitura atrás de dinheiro", defendeu-se.
Ribeiro voltou a falar sobre o recebimento de pelo menos R$ 50 mil no esquema de propina, e disse ser 'apenas um mensageiro' da prática corruptiva. "Naquele momento, eu não tive a clara visão do que era o problema. Sabia que existiam dívidas de campanha, e fui o mensageiro. Recebi para pagar essas dívidas de campanha e entreguei o dinheiro ao Barbosa (Neto, ex-prefeito cassado)", afirmou, garantindo que não participou do processo de licitação.
O prefeito confirmou que vai continuar cumprindo os compromissos do Executivo e pretende manter a equipe de secretários até o fim do ano. "Vim para completar estes quatro meses, não tenho aspiração política. Vou cumprir minha agenda como homem público. Tenho uma prefeitura com muito problema para ser resolvido".
Sobre a possibilidade da abertura de uma Comissão Processante na Câmara de Vereadores, o que pode ocorrer ainda nesta terça-feira, Ribeiro se mostrou tranquilo quanto a possibilidade de cassação. "Não sou apegado ao cargo, não pedi para vir aqui. Não pedi para o Barbosa sair ou fazer nada de errado. Mas a Câmara também tem a responsabilidade dela na administração da cidade", finalizou. (com informações da rádio CBN Londrina)