A candidata do PSB à presidência, a ex-ministra Marina Silva, e aliados políticos centraram fogo nas denúncias de corrupção que envolvem a Petrobras. Em comício do partido realizado hoje em Ceilândia, maior cidade satélite do Distrito Federal, praticamente todos os que discursaram citaram a estatal e responsabilizaram o atual governo pela situação.
Marina voltou a dizer que, diante das críticas do PT, oferecerá a "outra face". "Eu digo isso porque tudo têm duas faces. Para a face do ódio eu ofereço o amor; para a face da mentira eu oferece a verdade; para face da preguiça o trabalho e para a face da corrupção na Petrobras eu ofereço a honestidade", disse Marina.
Ela também disse que não vai, se eleita, acabar com programas sociais do governo como o Bolsa Família ou o Mais Médicos, tampouco com o Minha Casa Minha Vida. A campanha da presidente Dilma Rousseff tem dito que propostas de Marina na área econômica colocariam em risco o programa de habitação do governo federal. "Presidente Dilma, fique tranquila. A senhora não vai receber de mim o que está fazendo comigo", declarou Marina.
Participaram do ato político, realizado no centro de Ceilândia, o vice na chapa de Marina, deputado Beto Albuquerque (PSB), o candidato do partido ao governo do DF, senador Rodrigo Rollemberg, o deputado José Antonio Reguffe (PDT), que disputa o Senado, e o senador Cristovam Buarque, também pedetista e aliado da ex-ministra. Pouco antes do início do comício, carros de som do candidato do PT ao governo do DF, Agnelo Queiroz, percorreram o local e pediram votos para o petista e para a presidente Dilma Rousseff.
O candidato a vice-governador pelo PSB, Renato Santana, reagiu e disse em seu discurso de que a "a militância paga que estava aí hoje é sinal de que estamos incomodando muito".
Beto Albuquerque também mencionou em seu pronunciamento as denúncias de corrupção na petroleira e disse que o governo Dilma quer ficar refém de figuras políticas como as dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL), além do deputado Paulo Maluf (PP-SP). Rollemberg, por sua vez, afirmou que a população não aguenta mais pessoas usando a estatal para benefício próprio.