O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará à Índia no próximo dia 24 para uma série de encontros com investidores e com o governo local. Da índia, ele vai à Suíça discutir políticas de combate à fome com empresários, o presidente francês Jaques Chirac e o Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan.
Uma das propostas que o presidente apresentará aos dois dirigentes é a criação de uma espécie de "CPMF internacional", o imposto sobre os cheques no Brasil. A medida consiste na taxação das operações financeiras internacionais com o objetivo de custear o programa de combate à fome no mundo. "São coisas que ainda estão sendo debatidas", ressalvou.
De acordo com o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, há a expectativa de, antes da viagem, ser assinado um acordo comercial entre a Índia e o Mercosul. "Estamos fazendo um esforço diplomático para que se acelerem as negociações e se assine esse acordo, que vem sendo negociado há algum tempo".
Segundo Garcia, essa será uma oportunidade de estreitar o relacionamento bilateral com a Índia em alguns domínios econômicos e comerciais e nas áreas científica e tecnológica. A Índia é uma das maiores potências científicas da atualidade em setores importantes para o Brasil, como o de fármacos e as áreas de informática, aeronáutica e espacial.
Na Suíça, o presidente participará de dois encontros, um deles com empresários. O presidente tentará atrair investimentos internacionais para programas como o PPP (parceria pública-privada) e para América do Sul: "O governo brasileiro está fortemente empenhado na consolidação da infra-estrutura sul-americana, elemento decisivo para integração do continente", explica Garcia.
Lula também se encontrará com o presidente francês Jacques Chirac e com o Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan para avançar na discussão de um fundo internacional de combate à fome e inclusão social.
O presidente apresentará aos dois dirigentes a proposta de criação de uma espécie de "CPMF internacional", o imposto sobre os cheques no Brasil. A medida consiste na taxação das operações financeiras internacionais com o objetivo de custear o programa de combate à fome no mundo. "São coisas que ainda estão sendo debatidas", ressalvou.
O assessor da Presidência justificou a ausência de Lula no Fórum Social Mundial 2004 na Índia. Segundo Marco Aurélio, o presidente estabeleceu compromissos com o governo da Índia e não poderia ficar "indefinidamente" naquele país para participar do Fórum e atender a agenda oficial, que coincide com a data nacional indiana. O governo brasileiro indicou então uma comitiva de representantes para participar do Fórum até 21 de janeiro, em Mumbai. A delegação será comandada pelo ministro das cidades, Olívio Dutra.
Bonde, com informações da Agência Brasil