Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Intolerância

Lula lamenta assassinato de petista por bolsonarista em festa no PR

Paulo Roberto Netto - Folhapress
10 jul 2022 às 15:17

Compartilhar notícia

- Ricardo Stuckert/Instituto Lula
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade
O ex-presidente e pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou neste domingo (10) o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, 50, morto a tiros pelo agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho durante festa de aniversário da vítima, em Foz do Iguaçu (Oeste).

A Polícia Civil ainda investiga se o crime teve motivação política. A festa de Arruda era decorada com fotos de Lula e as cores do PT, partido ao qual o guarda era filiado. Segundo o boletim de ocorrência, Guaranho invadiu o local acompanhado da esposa e do filho gritando "Aqui é Bolsonaro".

O aniversariante não conhecia o agente penitenciário, que retornou à festa cerca de 20 minutos depois, sozinho e armado, e disparou contra o Arruda. O guarda revidou e efetuou disparos contra Guaranho. Os dois não sobreviveram aos ferimentos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

Pelas redes sociais, Lula afirmou que Arruda comemorava a chegada dos 50 anos "com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha". O guarda municipal deixou mulher e quatro filhos, incluindo um bebê.
"Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda", disse Lula.

Leia mais:

Imagem de destaque
Plano Diretor

Novo Código de Obras é debatido em audiência pública na Câmara

Imagem de destaque
Diminuição da jornada de trabalho

Deputados federais de Londrina não assinam PEC e questionam fim da escala 6x1 para trabalhadores

Imagem de destaque
Saiba mais

PEC 6x1 ainda não foi debatida no núcleo do governo, afirma ministro

Imagem de destaque
Saiba mais

PEC que propõe fim da escala de trabalho 6x1 alcança número necessário de assinaturas, diz Hilton

O ex-presidente também pediu "compreensão e solidariedade" com os familiares de Guaranho, "que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável", referindo-se a Jair Bolsonaro (PL).

Publicidade

"Pelos relatos que tenho, Guaranho não ouviu os apelos de sua família para que seguisse com a sua vida. Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz", disse Lula.


Testemunha relata invasão de bolsonarista

Publicidade


André Alliana, amigo da vítima, disse ao UOL que a festa transcorria normalmente quando Guaranho chegou em um carro branco, com a mulher no banco de trás, segurando um bebê de colo.

"Achamos que era um convidado, já que também tinha bolsonaristas no local. O Marcelo estava na cozinha e fomos chamá-lo para receber esse homem. Foi aí que vimos que não era brincadeira. Em seguida, ele [Guaranhos] deu a volta de carro, xingou quem estava lá e disse que ia voltar para 'acabar' com todo mundo. 

Publicidade

O Marcelo estava com um copo de chope na mão e acabou jogando nele para expulsá-lo do local", disse.
Com medo, Arruda foi até seu carro e voltou com uma pistola, diz Alliana.

"Quinze minutos depois, o cara [Guaranho] voltou sozinho. A esposa do Marcelo, que é policial civil, tentou impedir que ele entrasse na festa. Nisso, o cara começou a atirar. Atingiu a perna do Marcelo e depois atirou no peito dele. O Marcelo também conseguiu atirar nele", diz.

Publicidade


PT lamenta violência


Em nota, o PT lamentou a morte do guarda municipal e diz que tem alertado sobre a escalada de perseguição a parlamentares e filiados a legendas de esquerda no país.
"Embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual Presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos", disse o partido.

Publicidade


A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, lamentou a morte de Arruda e afirmou que é uma tragédia "fruto da intolerância dessa turma".
O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, também escreveu que o guarda municipal é a primeira vítima do "bolsonarismo" durante a campanha eleitoral. "Esse é o resultado da campanha de ódio disseminada pelo presidente do Brasil", disse.

Em nota, a prefeitura de Foz do Iguaçu lamentou a morte de Arruda. O guarda municipal atuou na corporação por 28 anos e também era diretor da executiva do Sindicato dos Servidores Municipais da cidade.

"Agradecemos ao Marcelo Arruda por toda a sua dedicação e comprometimento com o município, o qual nestes 28 anos de funcionalismo público defendeu bravamente, tanto atuando na segurança como na defesa dos servidores municipais", disse o prefeito Chico Brasileiro, em nota. "Desejamos à família, aos amigos e colegas de Marcelo força neste momento de dor.


Procurado pela reportagem, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo