Política

Lula: "Itaipu põe o Brasil entre os desenvolvidos"

23 jan 2003 às 21:11

Como principal figura na cerimônia de posse do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek (PT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta quinta-feira em Curitiba um discurso totalmente voltado à área social, sem perder de vista a economia mundial. Samek, deputado federal eleito pelo PT, foi empossado em solenidade no Canal da Música, prédio do governo do Estado em Curitiba. Participaram do evento ministros, secretários de Estado, senadores, deputados federais e estaduais, além de autoridades paraguaias, que administram a hidrelétrica com os brasileiros.

Lula disse que o que fracassou não foi a América do Sul, mas fracassaram as políticas econômicas adotadas pelo Brasil e pela Argentina, por exemplo. ''Esses países trabalharam com suas moedas valorizadas, mas o real e o peso argentino nunca valeram um dólar'', afirmou. ''Só que isso não pode ser descarregado no Mercosul'', emendou. Lula afirmou estar convencido de que o País poderia ter exercido há anos a responsabilidade de manter uma política mais afinada com a América do Sul.


Lula não deu entrevista coletiva. Ele deixou o Canal da Música por volta das 19h20, acompanhado da primeira-dama Marisa Letícia. O presidente foi recepcionado no aeroporto pelo governador Roberto Requião (PMDB). O teor da conversa entre eles não foi revelado. Os assessores do presidente previam o embarque dele para as 20 horas. Lula iria a Porto Alegre, para o Fórum Social. Ele volta nesta sexta-feira a São Paulo, onde embarca para Davos (Suíça), para participar do Fórum Econômico.


Ao tomar posse, Samek disse que esse é o ''maior desafio profissional que já assumi''. Ele frisou que Itaipu estará operando com capacidade máxima de produção em 2004, quando a potência será ampliada de 12.600 megawatts (MW) para 14 mil MW. ''Itaipu pode ajudar a evitar novos riscos de apagão'', afirmou.


O governador Roberto Requião comentou, em seu discurso, a ''falta de visão'' e os ''tropeços'' da política neoliberal. ''Mas teremos soluções para isso'', completou. Requião ainda fez uma brincadeira. Disse a Lula que ''perdeu'' seu secretário da Agricultura, que seria Samek, para o governo federal.

*Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina


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