O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou nesta sexta-feira (30) à noite a Washington, e foi direto para Blair House, a casa de hóspedes presidencial americana.
Seu avião aterrissou na base de Andrews, em Maryland, nas cercanias da capital americana. Em Blair House, o presidente era aguardado por diversos fotógrafos e repórteres brasileiros que fizeram uma série de perguntas sobre a greve dos controladores de vôo. Ao lado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, Lula acenou e limitou-se a responder: "Deixa eu chegar."
Segundo o ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social, o presidente telefonou para Brasília e deu ordem para que o governo abrisse um "canal de negociação" com os controladores de vôo. Lula considerou o fim da paralisação nos aeroportos uma "questão de segurança nacional", afirmou Martins em Brasília.
O compromisso oficial do presidente nos Estados Unidos começa neste sábado (31), por volta do meio-dia, quando ele se dirige a uma base naval em Virgínia, onde embarca em um helicóptero com destino a Camp David. Ele deverá se reunir com Bush por entre uma hora e uma hora e meia.
Em seguida, os presidentes se revezarão em pronunciamentos de dez minutos e responderão a perguntas de jornalistas americanos e brasileiros.
Lula jantará com Bush antes de retornar a Washington, de onde partirá de volta para o Brasil.
O presidente brasileiro será o primeiro líder latino-americano a ser recebido por George W. Bush em Camp David, e o primeiro líder latino-americano a participar de uma reunião de trabalho no retiro dos presidentes americanos desde 1991. O último foi o mexicano Carlos Salinas de Gortari.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi recebido em Camp David pelo ex-líder americano Bill Clinton, em 1998, mas aquela reunião foi descrita pelo governo americano como sendo uma ''reunião pessoal'' e não uma ''reunião de trabalho''.