Política

Linha do tempo mostra seis anos de investigação do caso Marielle

24 mar 2024 às 17:33

Seis anos após o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a Polícia Federal prendeu três suspeitos de terem ordenado o crime, ocorrido em março de 2018.


Ao longo desses anos, as investigações do caso foram marcadas por morosidade, mudanças recorrentes no comando das apurações e acusações de tentativas de despistar as autoridades.


Veja, a seguir, a linha cronológica do caso:


2018 - 14 de março


Marielle Franco e Anderson Gomes são mortos a tiros enquanto voltavam de um evento. O carro onde estavam foi alvejado quando passavam pelo Estácio, na região central do Rio. 


16 de março


A polícia identifica dois carros envolvidos no assassinato; uma das placas havia sido adulterada. 


11 de outubro


O Ministério Público do Rio de Janeiro diz ter identificado o biotipo do assassino. 


1º de novembro


Polícia Federal entra no caso e abre inquérito para apurar esquema voltado a obstruir a investigação e impedir a "elucidação dos mandantes e executores reais" do caso.


22 de novembro


O secretário de Segurança Pública do Rio, general Richard Nunes, afirma que a Polícia Civil identificou alguns participantes do assassinato.


2019 - 19 de janeiro


O Ministério Público e a Polícia Civil passam a seguir linhas distintas de investigação 21 de fevereiro
PF faz operação para apurar obstáculos às investigações.


12 de março


O policial militar reformado Ronnie Lessa, 48, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, 46, são presos suspeitos de terem participado do crime.


20 de março


Inquérito da Polícia Federal cita o ex-deputado estadual Domingos Brazão (ex-MDB) entre os suspeitos de ser um dos mandantes do crime.


23 de março


Polícia Federal conclui que houve tentativa de atrapalhar investigações, em relatório enviado a Raquel Dodge, então procuradora-geral da República.


31 de maio


O PM Rodrigo Jorge Ferreira, conhecido como Ferreirinha, é preso acusado de mentir para incriminar o miliciano Orlando da Curicica como um dos mandantes 17 de setembro.


Em seu último dia no cargo, Raquel Dodge denuncia ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) cinco suspeitos de fraudar as investigações 3 de outubro.


A Polícia Civil do Rio de Janeiro prende Elaine de Figueiredo Lessa, mulher de Ronnie Lessa, e o irmão dela, Bruno Figueiredo.


29 de outubro


Porteiro de condomínio de Jair Bolsonaro afirma que Élcio Queiroz, suspeito de matar Marielle, pediu para ir à casa do ex-presidente 1 de novembro.


A promotora Carmen Carvalho se afasta das investigações após a divulgação de fotos suas em apoio a Bolsonaro 20 de novembro.


Porteiro que citou Bolsonaro no caso Marielle recua e diz à Polícia Federal que errou Galeria Imagens da vereadora Marielle Franco Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, foi uma socióloga, ativista e política brasileira.


2020 - 27 de maio


STJ rejeita pedido da PGR para que a investigação fosse federalizada.

2021 - 10 de março


O Ministério Público do Rio de Janeiro anuncia criação de uma força-tarefa 10 de julho.


As promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile deixam a investigação após acusarem interferências externas.


26 de julho


O Ministério Público do Rio de Janeiro anuncia uma nova força-tarefa.


2023 - 22 de fevereiro


Flávio Dino, então ministro da Justiça e Segurança Pública, determina a instauração de um inquérito na Polícia Federal para ampliar a colaboração federal 23 de julho.


O ex-PM Élcio Queiroz fecha acordo de delação premiada e assume ter participado do assassinato.

2024 - 24 de janeiro


Ronnie Lessa fecha acordo de delação premiada 25 de janeiro.


Alexandre de Moraes diz que 'Abin paralela' de Bolsonaro monitorou promotora do caso Marielle 28 de fevereiro.


Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, é preso acusado de ter destruído o carro usado no assassinatO.


14 de março


O STF (Supremo Tribunal Federal) recebe parte da investigação após citação de pessoas com prerrogativa de foro.


19 de março


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anuncia a homologação da delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa.


24 de março


PF prende Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de mandar assassinar Marielle, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.


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