O ex-secretário de Governo de Jaime Lerner (PFL) José Cid Campêlo Filho vai responder a processo criminal por prevaricação (praticar indevidamente ato de ofício para satisfazer interesse pessoal) e falsidade ideológica.
A juíza da 8ª Vara Criminal, Maria Mercis Gomes Aniceto, acatou denúncia protocolada nesta quarta-feira pela Promotoria de Investigações Criminais (PIC), órgão vinculado ao Ministério Público (MP) estadual. O primeiro interrogatório está agendado para 23 de maio.
Em reação, Campêlo Filho promete ajuizar, nesta sexta-feira, ação indenizatória por perdas e danos contra o promotor da PIC, Luiz Fernando Delazari, que assina a denúncia junto de outros cinco promotores.
Enquanto era secretário, Campêlo Filho baixou em 19 de agosto de 2002, a Resolução nº 27, que criou o Tribingo Paranaense, regulamentando o funcionamento das casas de bingo no Estado. Segundo a denúncia do MP, logo depois da regulamentação, Campêlo Filho teria se tornado sócio-majoritário dos bingos Milenium e Mirage, em Curitiba, usando os nomes do contador Antonio Adelar Caramori, Marcelo Augusto Caramori e Eduardo Antonio Caramori.
Campêlo Filho justifica que, apesar de seis promotores assinarem a denúncia, a ação envolve apenas Delazari porque teria sido ele o responsável por todo o procedimento investigatório. O ex-secretário acusa o promotor de ser integrante do que ele classificou de ''banda podre do MP''. ''Os que fazem o que o Requião (governador Roberto Requião) quer'', acrescentou.
A PIC cumpriu, na quarta-feira, mandado de busca e apreensão no bingo Mirage. Foram recolhidos documentos contábeis e computadores, mas segundo o MP, foi mais uma medida instrutória, pois as provas constantes da ação já seriam suficientes.
Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina