O juiz da 1ª Zona Eleitoral, Espedito Reis do Amaral, pretende julgar nesta terça-feira o pedido do Ministério Público (MP) estadual para que seja reinstaurado o sigilo nas investigações sobre possíveis irregularidades na campanha à reeleição do prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL).
A quebra de sigilo foi solicitada por meio de um mandado de segurança há uma semana pelos advogados do PFL e do prefeito, que queriam ter acesso a todos os documentos e depoimentos que compõem a investigação do MP.
Caso Espedito do Amaral não julgue o mérito da questão nesta terça, o mandado de segurança deve continuar valendo até o dia 7 de janeiro, pois a Justiça Eleitoral estadual entrará em recesso devido às festividades de final de ano. "Mas pretendo analisar a argumentação dos promotores do MP e pronunciar-me antes que as atividades do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sejam paralisadas", declarou o juiz.
Paralelamente à decisão de Espedito do Amaral, o plenário do TRE analisa um recurso encaminhado pelo MP para que seja anulado o mandado de segurança obtido pelos advogados de Cassio. O relator do processo, Jaime Stivelberg, não adiantou se levará o recurso para votação no plenário hoje ou apenas após o recesso.
Para hoje estão previstos os depoimentos de Luiz Carlos Gonçalves, que teria assinado um recibo de R$ 20.020,00 por serviços prestados pela GM Editora Paranaense durante a campanha, e Fernão Accioly, que teria assinado o recibo de um adiantamento de R$ 20 mil para cobrir despesas gerais da campanha. Accioly é secretário-extraordinário de Assuntos Metropolitanos da Prefeitura de Curitiba.