Política

Juiz nega ação de Requião para barrar panfleto contra irmão

29 jul 2014 às 19:01

O candidato do PMDB ao governo, senador Roberto Requião, obteve vitória parcial na Justiça Eleitoral contra a propaganda divulgada pelos dissidentes do PMDB. O juiz auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná Guido José Döbeli determinou a busca e apreensão de panfletos distribuidos pelos dissidentes do PMDB pedindo votos para o governador Beto Richa (PSDB). No material, a chamada é "Nem Gleisi, nem Requião, Beto Richa governador".
Mas o juiz eleitoral rejeitou o pedido de Requião para recolher uma segunda versão do material em que os dissidentes vinculam denúncias de irregularidades contra Eduardo Requião ao senador. Eduardo é irmão do senador e foi alvo de acusações de corrupção quando exercia o cargo de superintendente do Porto de Paranaguá durante o terceiro mandato de Requião no governo. O panfleto reproduz uma cédula de um dólar americano, mas no lugar do rosto de George Washington está a fotografia de Eduardo Requião.
No caso deste material, o juiz entendeu que Eduardo sofreu uma investigação, amplamente divulgada nos meios de comunicação e rejeitou o argumento do senador de que o panfleto configura calúnia e difamação. "A única referência a Roberto Requião é no sentido de dizer que o investigado é seu irmão, não havendo calúnia, injúria ou difamação nesse sentido", diz o despacho.
Já quando ao planfleto manifestando apoio à reeleição do governador Beto Richa, o juiz entendeu que está irregular por não apresentar as informações exigidas pela legislação, tais como o partido, coligação ou candidato responsável , o número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou CPF do responsável pela confecção do material.

O grupo dissidente do PMDB que está distribuindo os panfletos é liderado pelo ex-assessor de Requião, Doático Santos, que agora integra a ala dos adversários do peemedebista e que defende o apoio à candidatura do governador Beto Richa. Neste grupo estão vários deputados estaduais do partido e o ex-governador Orlando Pessuti.


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