A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra chefe da Casa Civil no governo federal, disse nesta sexta-feira, 18, que "o Judiciário está colocando chama no País" e que, no entendimento dela, há um desequilíbrio na atual crise política. "Quando o próprio Judiciário tem dezenas de opiniões divergentes e condena alguns excessos realizados, mostra que precisamos de medidas. Não defendemos a impunidade. Queremos que toda a investigação necessária seja feita, mas não concordamos com os excessos e ilegalidades cometidas em nome da lei", comentou.
Gleisi Hoffmann foi citada no acordo de delação premiado firmado pelo senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) com a Procuradoria-Geral da República para colaborar com as investigações da Operação Lava Jato.
Gleisi participou da manifestação a favor da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Casa Civil, ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, ocorrida em Curitiba (PR), na noite de sexta-feira (18). Segundo os organizadores, 20 mil pessoas compareceram à manifestação, que teve concentração na Praça Santos Andrade e terminou na Boca Maldita, em um percurso de 1,5 quilômetro. A Polícia Militar divulgou boletim às 19 horas indicando duas mil pessoas.
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Para a senadora, a entrada do ex-presidente no governo não afeta a credibilidade de Dilma. "Pelo contrário, ele é uma pessoa que tem um conhecimento grande da política, tem credibilidade, enfim, temos uma avaliação muito positiva, e isso não afetará nada o futuro político que ele optar", comentou, se referindo às eleições de 2018.
Além da Gleisi, também participaram da manifestação os deputados federais Zeca Dirceu e Ênio Verri, os deputados estaduais Tadeu Veneri e Professor Lemos - todos petistas - e lideranças sindicais.