Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Ideologias

Israel e Palestina viram centro do debate político no Brasil

José Marcos Lopes - Especial para a Folha
16 out 2023 às 10:23

Compartilhar notícia

- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O alinhamento de setores das igrejas evangélicas à extrema direita e o aumento da influência dos neopentecostais na política ajudaram a colocar o conflito entre Israel e palestinos no centro do debate ideológico no Brasil. Apoiadores das políticas do governo israelense e em alguns casos baseados em interpretações da Bíblia, setores da direita têm chamado atenção para o conflito para tentar atingir o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e criticar a esquerda, que tem uma posição histórica pela criação do estado palestino.


Na semana passada, parlamentares da oposição cobraram que o governo brasileiro passe a reconhecer o grupo Hamas como terrorista e defenderam as ações do exército israelense em Gaza. Após o ataque do Hamas, no dia 7, a cúpula do Senado ganhou uma projeção da bandeira de Israel a pedido do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o senador Magno Malta (PL-ES) discursou enrolado em uma bandeira do país e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou em suas redes sociais uma notícia falsa a respeito de bebês israelenses que teriam sido decapitados por palestinos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O principal alvo da direita é a suposta ligação entre a esquerda brasileira e o Hamas, grupo responsável pela administração da faixa de Gaza desde 2007 e responsável pelo ataques do dia 7. Pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado Guilherme Boulos (PSOL) foi um dos mais expostos por seu apoio à causa palestina. Na quinta-feira, o Itamaraty informou que não classifica o grupo como terrorista por seguir as determinações do Conselho de Segurança da ONU, que não inclui o Hamas na lista. Nas redes sociais, parlamentares de esquerda têm referendado a posição do governo brasileiro para que Israel abra um corredor humanitário e volte às negociações.

Leia mais:

Imagem de destaque
Incluindo Bolsonaro

MP do TCU pede suspensão do salário de militares indiciados pela PF

Imagem de destaque
Caso seja processado

Jair Bolsonaro pode pegar até 28 anos de prisão por tentativa de golpe

Imagem de destaque
Investigado pelo STF

Golpismo pode levar Bolsonaro a 28 anos de prisão e a mais de 30 inelegível

Imagem de destaque
Prefeitura de Londrina

Coordenador de equipe de Tiago Amaral fala em ‘portas abertas’ durante transição de governo


GUERRA FRIA

Publicidade


O apoio dos setores de esquerda à causa palestina começou no período posterior à Guerra dos Seis Dias (1967), explica Andrew Patrick Traumann, professor de especialização em História Contemporânea e Relações Internacionais da PUCPR. No conflito, Israel ocupou a Península do Sinai (Egito), a Faixa de Gaza (que era administrada pelo Egito) e as Colinas de Golã (Síria), em um contexto mundial de guerra fria entre Estados Unidos, que apoiava as ações israelenses, e União Soviética.


“Em 1967 também tivemos a Resolução 242 da ONU, que ordenava a retirada de Israel dos territórios ocupados, que não foi obedecida. Ao longo do conflito e durante a guerra fria, Israel passou a ser visto como colonialista, com apoio dos Estados Unidos, enquanto os palestinos seriam um povo oprimido por uma potência capitalista”, afirma Traumann. “Esse apoio foi se cristalizando até Yasser Arafat (líder da OLP e presidente da Autoridade Nacional Palestina, morto em 2004) ser identificado como um desses líderes do então chamado terceiro mundo”.


SAIBA MAIS NA FOLHA DE LONDRINA.


Imagem
Israel e Palestina no centro do debate político no Brasil
O alinhamento de setores das igrejas evangélicas à extrema direita e o aumento da influência dos neopentecostais na política ajudaram a colocar o conflito entre Israel e palestinos no centro do debate ideológico no Brasil.
Imagem
Secretaria de Educação abre investigação sobre suposta apologia ao nazismo em trabalho sobre 2ª Guerra Mundial em Arapongas
A Seed (Secretaria Estadual de Educação) do Paraná instaurou um procedimento de averiguação urgente nesta segunda-feira (9) para avaliar uma atividade envolvendo estudos sobre a Segunda Guerra Mundial
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo