O Ibope rebateu nesta sexta-feira as acusações feitas pelos candidatos a cargos majoritários do Estado, que criticaram a pesquisa realizada pelo instituto e divulgada na quarta-feira. Segundo nota oficial assinada pela diretora executiva do Ibope, Márcia Cavallari Nunes, ''é inaceitável a posição agressiva de políticos experientes que, ao não não se verem na frente nas pesquisas, atacam o instituto''.
As maiores críticas partiram do PMDB, especialmente do candidato ao governo da sigla, o senador Roberto Requião. Horas antes da divulgação dos números, Requião utilizou seu tempo de discurso no Senado para desqualificar o Ibope. Segundo o senador, o presidente do instituto, Carlos Augusto Montenegro, teria ligações com o senador Alvaro Dias, que liderou a pesquisa com 35% das intenções de voto. Montenegro, que já foi presidente do Botafogo-RJ, não foi citado na CPI do Futebol, presidida por Alvaro.
Márcia Nunes também defendeu-se das críticas do candidato ao Senado do PMDB, Paulo Pimentel, que questionou a metodologia utilizada no levantamento. Ao responder as perguntas dos pesquisadores, os eleitores só podiam escolher um candidato ao Senado, sendo que no dia 6 de outubro os paranaenses irão escolher dois candidatos. Pimentel acredita que seria a segunda opção da maioria dos paranaenses, em uma disputa que segundo o Ibope é liderada por Osmar Dias, do PDT, com 35% das intenções de voto. Pimentel, com 24%, está tecnicamente empatado com Tony Garcia (PPB), que tem 22%.
Para Márcia Nunes, o Ibope não poderia realizar um levantamento perguntando sobre as duas vagas para o Senado enquanto a população não estiver consciente de que terá essa opção nas urnas. Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nelson Jobim, o voto para o Senado terá prioridade nas campanhas educativas da Justiça Eleitoral.
Quanto às críticas de Alvaro Dias, que acredita que estaria melhor colocado nas pesquisas caso a pesquisa tivesse sido feita em mais municípios paranaenses (foi realizada em 69), o Ibope defende-se apresentando a metodologia, que escolhe os municípios de acordo com sua representatividade. ''Qualquer pessoa que entenda minimamente de pesquisas vê com perplexidade a hipótese levantada por políticos paranaenses'', afirma Márcia Nunes em sua nota.
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